Há aproximadamente um ano, quando a última edição do Anuário do Espírito Santo Rede Gazeta foi publicada, vivíamos em outro mundo – e isso não é mera força de expressão. O Brasil ensaiava uma retomada econômica, as grandes companhias começavam a tirar das gavetas planos de investimento e o mercado reagia bem, com recordes positivos na bolsa de valores. Poucos meses depois, no entanto, veio a pandemia. Tudo mudou.
Não que a circulação do coronavírus seja a única culpada pela estagnação que nos foi imposta, em diferentes escalas, neste 2020 tão cheio de atipicidades. Somam-se ao cenário nebuloso que nos atingiu em cheio no Espírito Santo os sinais trocados na política nacional, um acirramento de ânimos entre os Poderes em âmbito federal e, ao nosso redor, as sequelas que a pandemia deixou na sociedade, sem que nos esqueçamos que trata-se de um ano eleitoral.
Como ainda não há uma certeza de quando uma vacina para a Covid-19 estará disponível para a imunização em massa, é bem possível que ao menos uma parte das incertezas de agora se arraste até o próximo ano. O que não se deve, todavia, é esperar por um 2021 de reprises negativas de braços cruzados.
A debacle econômica acendeu um alerta geral sobre a necessidade de os governos e o setor produtivo darem as mãos em busca de soluções ousadas e firmes para vencer a estagnação. Se é possível dizer que a Covid-19 resultou em algum aprendizado positivo, foi a agilidade imposta a ações de desburocratização, com a adoção de tecnologias para solucionar questões que empresas e órgãos públicos insistiam em manter em formatos analógicos.
É de extrema relevância que essas lições sejam observadas e postas em prática, em caráter definitivo e melhorado a favor de toda a sociedade, pois parece inadmissível sairmos dessa crise da mesma forma como entramos, muitas vezes reféns da burocracia e de práticas antiquadas que já não cabem em um mundo tão digital.
Planos para a retomada da economia precisam levar em conta essa nova realidade. Inovação e transformação devem estar na pauta não só como palavras da moda, mas como ferramentas acessíveis para que o Brasil avance em indicadores globais de eficiência, como, por exemplo, o ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, onde hoje se encontra na 71ª posição.
Com a edição 2020 do Anuário do Espírito Santo, a Rede Gazeta reafirma seu compromisso de pôr o jornalismo profissional e a análise de dados a serviço de toda a população, ajudando a clarear caminhos para que os setores público e privado ganhem velocidade no pós-pandemia que, esperamos, venha o quanto antes.
Este vídeo pode te interessar
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.