Vista aérea de Portocel, porto da Suzano (51%) e da Cenibra (49%), localizado em Aracruz
Vista aérea de Portocel, porto da Suzano (51%) e da Cenibra (49%), localizado em Aracruz. Crédito: Portocel/Divulgação

Litoral Norte do ES se transforma em grande polo logístico

Novos complexos e concessão do Terminal de Barra do Riacho devem impulsionar relações comerciais com a Europa, com a Ásia e com os Estados Unidos

Publicado em 03/12/2020 às 03h30

O desenvolvimento do Terminal da Barra do Riacho, com a privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), vai se somar a outros projetos que vão transformar o Norte do Espírito Santo em um grande polo portuário.

Na região, já existem terminais importantes, como o Portocel e o da Petrobras, em Aracruz, mas a área deve receber um grande reforço com os investimentos previstos principalmente pela Imetame Logística Porto.

A empresa deve aplicar pelo menos R$ 1 bilhão no empreendimento. A fase de construção deve gerar cerca de 950 empregos diretos e indiretos. A autorização para início das obras foi assinada em julho deste ano pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Já para a etapa de operação, há uma estimativa de se criar 1.640 vagas de empregos, entre oportunidades diretas e indiretas no porto e na região.

A Imetame aguarda apenas a assinatura do contrato de cessão com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que se encontra em trâmites finais de análise para o início efetivo das obras marítimas do complexo portuário.

Porto da Imetame no Litoral Norte do ES, em Aracruz
Porto da Imetame no Litoral Norte do ES, em Aracruz. Crédito: Imetame/Divulgação

“Tudo que a Imetame deveria cumprir em termos de documentação, de esclarecimentos, estudos técnicos, foi feito. O processo está em análise nos trâmites internos da SPU. A Imetame está pronta para iniciar as obras marítimas e estamos aguardando essa validação”, explicou o diretor comercial da Imetame, Anderson Carvalho.

Segundo a empresa, o terminal vai atender aos mais diversos setores produtivos em serviços de apoio à importação e exportação de cargas diversas, como também embarque e desembarque de contêineres, carga geral, veículos, carga de projeto, granéis sólidos, líquidos e gasosos e apoio offshore.

O empreendimento ficará em uma área de 1 milhão de m² e contará, de acordo com informações da Imetame, com infraestrutura inicial para movimentar 300 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano, com potencial para expansão de movimentação para mais de 1 milhão de TEUs. A expectativa é que a unidade entre em operação em um prazo de três anos.

A empresa ainda destaca que, o porto de 17 metros de profundidade, será uma boa opção operacional para as linhas de longo curso que operam com navios de grande porte no Brasil e também estará preparado para atender a próxima geração de navios conteineiros, New Post Panamax, de 366 metros de comprimento, e embarcações tipo Suezmax nas operações de combustível.

Anderson Carvalho

Diretor da Imetame

"É um empreendimento significativo, uma estrutura marítima considerável e um investimento importante para o Estado. Nossa expectativa é de atender a navios com até 16 metros de calado, embarcações de grande escala. Isso abre novamente para o Estado a possibilidade de retomar linhas relevantes, como rotas para a Ásia, Europa e América do Norte”, garantiu o diretor comercial da empresa"

“É um empreendimento significativo, uma estrutura marítima considerável e um investimento importante para o Estado. Nossa expectativa é de atender a navios com até 16 metros de calado, embarcações de grande escala. Isso abre novamente para o Estado a possibilidade de retomar linhas relevantes, como rotas para a Ásia, Europa e América do Norte”, garantiu o diretor comercial da empresa.

Segundo a Imetame, toda a programação será eletrônica, desenhada para uma operação 100% automatizada e apta para a próxima geração de navios do Brasil.

Ainda no Norte do Estado, o Ministério da Infraestrutura também assinou a autorização de exploração do Centro Portuário São Mateus (CPSM), da Petrocity, que planeja investir R$ 3,2 bilhões em um terminal dedicado à carga conteinerizada em geral, com área de mais de 1,74 mil metros quadrados.

Assim que entrar em operação, de acordo com a Petrocity, ele será o primeiro porto do Sudeste brasileiro localizado na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

O modal logístico portuário será focado na prática da cabotagem (navegação entre portos de mesmo país, a distâncias pequenas) inicialmente por meio de operações de carga e serviços como rochas ornamentais, cargas gerais (conteinerizadas),supercargueiros ro-ro, que transportam automóveis e outros veículos, além de base logística para empresas offshore de óleo e gás.

5 mil

VAGAS DE EMPREGOS DEVEM SER GERADAS NO PORTO

Com a construção e a operação no complexo portuário, a Petrocity planeja gerar 5 mil vagas de emprego. A empresa quer iniciar a operação em 2024.

“Conseguimos avançar muito mesmo em um ano de pandemia, inclusive com o desenvolvimento do condomínio logístico industrial em fase final de aprovação da prefeitura”, ressaltou o diretor-presidente da Petrocity Portos, José Roberto Barbosa.

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