O desenvolvimento do Terminal da Barra do Riacho, com a privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), vai se somar a outros projetos que vão transformar o Norte do Espírito Santo em um grande polo portuário.
Na região, já existem terminais importantes, como o Portocel e o da Petrobras, em Aracruz, mas a área deve receber um grande reforço com os investimentos previstos principalmente pela Imetame Logística Porto.
A empresa deve aplicar pelo menos R$ 1 bilhão no empreendimento. A fase de construção deve gerar cerca de 950 empregos diretos e indiretos. A autorização para início das obras foi assinada em julho deste ano pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Já para a etapa de operação, há uma estimativa de se criar 1.640 vagas de empregos, entre oportunidades diretas e indiretas no porto e na região.
A Imetame aguarda apenas a assinatura do contrato de cessão com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que se encontra em trâmites finais de análise para o início efetivo das obras marítimas do complexo portuário.
“Tudo que a Imetame deveria cumprir em termos de documentação, de esclarecimentos, estudos técnicos, foi feito. O processo está em análise nos trâmites internos da SPU. A Imetame está pronta para iniciar as obras marítimas e estamos aguardando essa validação”, explicou o diretor comercial da Imetame, Anderson Carvalho.
Segundo a empresa, o terminal vai atender aos mais diversos setores produtivos em serviços de apoio à importação e exportação de cargas diversas, como também embarque e desembarque de contêineres, carga geral, veículos, carga de projeto, granéis sólidos, líquidos e gasosos e apoio offshore.
O empreendimento ficará em uma área de 1 milhão de m² e contará, de acordo com informações da Imetame, com infraestrutura inicial para movimentar 300 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano, com potencial para expansão de movimentação para mais de 1 milhão de TEUs. A expectativa é que a unidade entre em operação em um prazo de três anos.
A empresa ainda destaca que, o porto de 17 metros de profundidade, será uma boa opção operacional para as linhas de longo curso que operam com navios de grande porte no Brasil e também estará preparado para atender a próxima geração de navios conteineiros, New Post Panamax, de 366 metros de comprimento, e embarcações tipo Suezmax nas operações de combustível.
Anderson Carvalho
Diretor da Imetame
"É um empreendimento significativo, uma estrutura marítima considerável e um investimento importante para o Estado. Nossa expectativa é de atender a navios com até 16 metros de calado, embarcações de grande escala. Isso abre novamente para o Estado a possibilidade de retomar linhas relevantes, como rotas para a Ásia, Europa e América do Norte”, garantiu o diretor comercial da empresa"
“É um empreendimento significativo, uma estrutura marítima considerável e um investimento importante para o Estado. Nossa expectativa é de atender a navios com até 16 metros de calado, embarcações de grande escala. Isso abre novamente para o Estado a possibilidade de retomar linhas relevantes, como rotas para a Ásia, Europa e América do Norte”, garantiu o diretor comercial da empresa.
Segundo a Imetame, toda a programação será eletrônica, desenhada para uma operação 100% automatizada e apta para a próxima geração de navios do Brasil.
Ainda no Norte do Estado, o Ministério da Infraestrutura também assinou a autorização de exploração do Centro Portuário São Mateus (CPSM), da Petrocity, que planeja investir R$ 3,2 bilhões em um terminal dedicado à carga conteinerizada em geral, com área de mais de 1,74 mil metros quadrados.
Assim que entrar em operação, de acordo com a Petrocity, ele será o primeiro porto do Sudeste brasileiro localizado na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
O modal logístico portuário será focado na prática da cabotagem (navegação entre portos de mesmo país, a distâncias pequenas) inicialmente por meio de operações de carga e serviços como rochas ornamentais, cargas gerais (conteinerizadas),supercargueiros ro-ro, que transportam automóveis e outros veículos, além de base logística para empresas offshore de óleo e gás.
5 mil
VAGAS DE EMPREGOS DEVEM SER GERADAS NO PORTO
Com a construção e a operação no complexo portuário, a Petrocity planeja gerar 5 mil vagas de emprego. A empresa quer iniciar a operação em 2024.
“Conseguimos avançar muito mesmo em um ano de pandemia, inclusive com o desenvolvimento do condomínio logístico industrial em fase final de aprovação da prefeitura”, ressaltou o diretor-presidente da Petrocity Portos, José Roberto Barbosa.
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