Apontado como um dos principais empreendimentos portuários do Espírito Santo e essencial na atração de investimentos, o Porto Central deve ter suas obras iniciadas no primeiro semestre de 2021, entre abril e maio.
O cronograma de construção do complexo de águas profundas foi impactado pelo avanço mundial do coronavírus, mas a crise sanitária não desanimou os investidores, que correm atrás de sócios para uma ideia mais ousada: construir um gasoduto para escoamento do gás do mar à costa do Estado.
“A pandemia afetou [o prazo] porque nesse primeiro terminal a carga âncora é o petróleo, e as petroleiras, com a queda do preço do barril, passaram por uma fase de reavaliação de seus investimentos. Felizmente, esse pré-sal brasileiro é competitivo e, depois de alguns meses, as petroleiras confirmaram seu plano de investimento como originalmente estava previsto. Retomamos as negociações e esperamos em curto prazo fechar esses contratos com os primeiros clientes e fazer o financiamento do projeto”, destaca o CEO do grupo, José Maria Vieira Novaes.
Para a primeira fase de obras, o Porto Central estima que serão gerados 2 mil empregos diretos e 2 mil indiretos. A expectativa é que se abram 4 mil oportunidades de trabalho em dez anos de funcionamento.
4 mil
EMPREGOS SERÃO GERADOS NO PORTO CENTRAL EM 10 ANOS
Para o projeto no novo mercado de gás, o Porto Central estuda a viabilidade junto a investidores parceiros. A ideia é que tenha uma rota saindo do pré-sal, na Bacia de Campos, no Litoral Sul do Espírito Santo, e depois uma outra linha levando o combustível já purificado até Minas Gerais.
Essa estrutura vai atrair para o complexo outros projetos, como terminal de tratamento de gás e termelétricas para a geração de energia mais limpa e mais barata.
A intenção é que o local também possa receber uma planta de regaseificação para processar gás natural liquefeito que poderá ser importado de outros países.
O complexo industrial portuário multipropósito em desenvolvimento em Presidente Kennedy, município do Sul do Estado, ficará em uma área de aproximadamente 2.000 hectares.
O negócio prevê um porto de 25 metros de profundidade capaz de receber navios de grande calado, tais como VLCCs e Valemax, com até 400.000 toneladas de capacidade.
25 metros
PROFUNDIDADE DO PORTO CENTRAL
Os investimentos que ele deve atrair serão principalmente do setor de energia, já que o Porto Central prestará serviços para grandes empresas de petróleo e gás. Também tem planos de expandir os negócios com terminais de grãos, de carga geral e contêiner, e de granéis sólidos de exportação.
Na carta de pedido de autorização para a construção e exploração do terminal de uso privado, a direção do Porto Central destacou que o empreendimento, de cerca de R$ 3 bilhões, vai constituir um indutor do crescimento econômico nacional e local, potencializando os fluxos de comércio exterior, reduzindo os custos logísticos e aumentando a competitividade do país, além de gerar emprego e renda na Região Sul, uma das menos desenvolvidas economicamente no Estado.
R$ 3 bilhões
INVESTIMENTO DO EMPREENDIMETNO DO PORTO CENTRAL
O acesso marítimo para os terminais será realizado por meio de um canal de acesso de 300 metros de largura, permitindo duas vias de tráfego simultâneo para navios de médio porte e tráfego de sentido único para os maiores navios.
A área foi apontada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) como prioritária e ideal para a instalação de um porto. Um terreno de 6.815 hectares ao redor do local foi disponibilizado para o desenvolvimento de um distrito industrial, contribuindo para o crescimento planejado e integrado da região.
A localização do Porto Central no Sul do Estado é tida pelos investidores como estratégica por estar no centro da costa brasileira, próxima aos grandes polos produtores do país, como Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro. Destaca-se ainda pela proximidade com os principais campos de petróleo e gás do país.
José Maria Novaes
CEO do Porto Central
"Presidente Kennedy reúne vários elementos importantes, como o fato de estar no extremo-sul do Espírito Santo, mais perto das reservas de petróleo, mais próximo do Norte do Rio de Janeiro. É uma região bem próxima a grande estoque de petróleo. Uma outra vantagem é que lá é uma área totalmente plana, desabitada, bastante propícia para projetos industriais de grande porte. Um outro aspecto importante é que as conexões rodoviárias são boas e a ligação ferroviária está muito perto de acontecer com o plano de construção até Anchieta”, pontua Novaes"
Porto Central ficará em Presidente Kennedy
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