Entre os que aguardam o avanço logístico no Norte do Espírito Santo, é grande a expectativa em torno da operação do Aeroporto de Linhares. O projeto, que teve as obras de ampliação da pista retomadas em agosto de 2020, depende agora da segunda parte: a construção do terminal de passageiros.
A implantação da nova pista de pousos e decolagens teve a ordem de serviço assinada em julho de 2018, e as intervenções foram iniciadas em agosto do mesmo ano. A primeira previsão de conclusão era de um ano, ou seja, para julho de 2019, mas as obras foram suspensas e os prazos, postergados.
Previsões do Ministério da Infraestrutura estimam que até o final de 2021 a estrutura esteja pronta, dependendo apenas das autorizações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para começar a operar.
A antiga estrutura do aeroporto era adequada apenas para aviões de pequeno porte. Com o aumento da população de Linhares, estimada em 176 mil pessoas, de acordo com o último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu também o anseio por um terminal com capacidade para a operação de voos comerciais.
Após as intervenções, a pista de pousos e decolagens passará dos atuais 1.350 metros para 1.860 metros. Antes da pandemia, a companhia Azul havia manifestado interesse em operar no local, com aeronaves modelo ATR 72-600, fabricadas na França e que têm capacidade para até 70 passageiros.
Mesmo que esse ponto aeroportuário ainda não tenha sido concluído, o Estado também batalha por outros terminais aéreos. Existe a possibilidade de um segundo aeroporto em Cachoeiro de Itapemirim.
O executivo da Findes para a área de Defesa de Interesses, Luis Claudio Montenegro, destacou a importância dos investimentos, que, segundo ele, facilitarão a instalação de novas empresas de Norte a Sul do Espírito Santo.
Ele observa que Linhares, por exemplo, vem atraindo uma série de indústrias nos últimos anos, mas tem potencial para avançar ainda mais.
“Num complexo industrial importante como esse, não se pode ficar dependendo exclusivamente da rodovia. Se não, a região sempre ficará um tanto isolada, e isso acaba afastando investidores. Temos minério, temos aço. Então por que não temos fábricas de linha branca, de automóveis, por exemplo? É uma questão de logística, principalmente.”
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