Mentira, rosca, taiadela, tripinha, capeletti, socol, limoncello, linguiça, macarrão, ravioli, panetone, risoto, panna cotta, vinhos, pães e um belo frango com polenta. Tudo isso regado a muitas conversas especialmente na cozinha e memórias afetivas na casa da nonna.
Não só a culinária, mas os sobrenomes das famílias, hábitos, toda a cultura e tradições foram trazidas na bagagem dos imigrantes italianos que desembarcaram no Espírito Santo, em 17 de fevereiro de 1874. Isso marcou o início da imigração italiana no Brasil.
A primeira colônia italiana no país foi instituída no município de Santa Teresa. Depois, eles se instalaram em diversos municípios como Venda Nova do Imigrante, Colatina, Ibiraçu, Guaçuí, São Roque do Canaã, Castelo, Afonso Cláudio, Vila Pavão, tantas outras... E até nossa ‘Nova Veneza’, ou melhor, Nova Venécia.
São 150 anos da Imigração Italiana no Brasil que marcou a história de todo o país. Apesar das dificuldades encontradas com a comunicação, no transporte e com questões trabalhistas, eles fizeram do limão uma limonada, colocando toda potencialidade do seu trabalho com a terra e a forma de reconstruírem suas histórias.
Os aprendizados com o manejo foram trazidos pelos camponeses e com o trabalho em família cultivaram nossa terra. Em casa, fabricavam vários produtos como queijos, pães, vinhos, geleias, licores, biscoitos, doces, massas, aguardentes e moinho para milho e café.
Toda essa riqueza transformou a identidade do povo capixaba. Nossa cultura foi influenciada pelos imigrantes e muitos dos produtos locais têm suas raízes nestes, assim como linguagem e os hábitos que fazem parte do nosso dia a dia. Hoje, são tão fundidos, que não sabemos o que era nativo e o que foi trazido por eles, simplesmente é nosso. Temos um grande orgulho em dizer que é a nossa cultura, afinal o coração de cada capixaba também é italiano.
Nós somos o retrato dessa história!
Noi siamo la storia!
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