O comércio exterior no Brasil teve origem por volta do século XVIII, quando aconteceram as primeiras reuniões para debate o comércio internacional. Com o passar dos anos, a atividade se profissionalizou e, como no ambiente nacional, aqui no Espírito Santo, os anos 60 foram determinantes para a mudança da atividade produtiva. O processo de industrialização permitiu o ganho de valor de produtos capixabas que eram comercializados no mercado internacional.
Fator determinante para permitir que essa vocação pudesse se consolidar foi a criação do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), há pouco mais de 50 anos. O fundo, coordenado pelo Bandes, surgiu para ser um instrumento que, além de possibilitar operações de intercâmbio comercial das empresas que utilizavam o Porto de Vitória, foi fundamental para a transformação de grande parte da Grande Vitória em um hub logístico.
Esse mecanismo financeiro foi fundamental para atrair empresas de comércio exterior para o Estado, utilizando como diferencial a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que, em contrapartida, conferiu às empresas o papel de investir o valor financiado em projetos para geração de desenvolvimento, renda e emprego por aqui.
Com esse avanço, surge, inevitavelmente, a necessidade de evolução e organização estratégica das empresas do segmento. Coube ao Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), fundado em 18 de maio de 1992, esse papel. A entidade, que completa 30 anos de atuação, é hoje um dos principais entes representativos para o desenvolvimento do comércio exterior capixaba, ofertando uma série de serviços para as empresas associadas, desde informações de cunho estratégico para as empresas até estudos técnicos e procedimentos jurídicos-administrativos.
A importância de uma entidade da iniciativa privada fortalecida e de expertise técnica como a do Sindiex é fundamental para o desenvolvimento da atividade. Por estar próximo das demandas empresariais, auxilia na resolução de melhorias de gargalos tanto de infraestrutura, como de articulação com o poder público. Um trabalho em sintonia com segurança jurídica e liberdade econômica.
Os ganhos para a nossa economia foram significativos com a articulação das empresas fundapeanas, que integram o sistema Fundap, e de uma entidade como o Sindiex, que permite a movimentação de toda a cadeia logística e de prestação de serviços no Estado, gerando oportunidades de negócios.
A importância do desenvolvimento de políticas públicas que permitam o desenvolvimento de cadeias produtivas e de um parque industrial diversificado no Espírito Santo é outro elemento que é fundamental para o progresso de nossa economia. No cenário atual onde a globalização e a internet facilitaram os laços e estreitaram as fronteiras entre os países, a promoção de uma dinâmica favorável para a movimentação de mercadorias pelos portos capixabas tem muito a avançar. Vale destacar que o processo de privatização portuária do país teve início no Espírito Santo, com perspectivas de aumento de investimentos e modernização da infraestrutura. Ações que podem contribuir para impulsionar, ainda mais, a atividade.
Vale ressaltar ainda que a área de comércio exterior tem uma influência direta no PIB (Produto Interno Bruto), um dos mais importantes e relevantes indicadores que refletem a atividade econômica capixaba.
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