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É neurologista e Medical Science Liaison (MSL) da CBD USA Brasil

A ciência é fundamental contra a estigmatização da cannabis medicinal

A pesquisa científica contribui para derrubar a rotulação da cannabis medicinal em cinco frentes: evidências clínicas, mecanismos de ação, comunicação aberta, legislação informada e histórico cultural

  • Soo Yang Lee É neurologista e Medical Science Liaison (MSL) da CBD USA Brasil
Publicado em 18/06/2024 às 20h32

Com o crescente uso da cannabis medicinal em vários campos da saúde, a ciência vem desempenhando um papel crucial na desestigmatização do uso da substância canabidiol (CBD). Hoje, já temos várias indicações para uso em doenças como epilepsia, dor, ansiedade e insônia - com baixo índice de dependência e boa tolerabilidade.

Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o potencial terapêutico da cannabis medicinal e considera que o seu consumo não apresenta qualquer perigo de dependência nem riscos para a saúde. Seguindo rigorosa Portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos os produtos à base da substância são vendidos mediante prescrição médica.

A pesquisa científica contribui para derrubar a rotulação da cannabis medicinal em cinco frentes: evidências clínicas, mecanismos de ação, comunicação aberta, legislação informada e histórico cultural. Quanto a evidências clínicas, estudos científicos rigorosos têm demonstrado os benefícios terapêuticos do canabidiol em condições como epilepsia, ansiedade e dor crônica. Essas evidências ajudam a desmistificar mitos e preconceitos.

Com relação aos mecanismos de ação, a ciência também investiga como o CBD interage com o sistema endocanabinóide, que já existe naturalmente no nosso corpo, assim com outros sistemas endógenos. Compreender esses mecanismos ajuda a dissipar medos infundados.

Sobre a comunicação aberta, pesquisadores e profissionais de saúde compartilham informações sobre o canabidiol por meio de publicações, conferências e mídia. Isso educa o público e reduz estigmas. A ciência embasa políticas públicas relacionadas à substância, e as regulamentações baseadas em evidências promovem o uso seguro e responsável do canabidiol. É a legislação informada.

Um outro aspecto da questão é o histórico cultural. A pesquisa histórica mostra que o uso de cannabis tem raízes antigas e variadas em diferentes culturas. Isso ajuda a contextualizar o CBD e a normalizá-lo.

Lembrando que a desestigmatização é um processo contínuo, e a ciência desempenha um papel vital nesse caminho.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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