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É empresário e master trainer detailing - especialista em estética automotiva

A evolução dos carros e a chegada do "detailing"

Com o crescimento da indústria, as fábricas precisavam obter meios de impressionar o consumidor para atrair a sua atenção, foi aí que a potência, conforto, desempenho, segurança, confiabilidade e, é claro, a beleza, passaram a ser os principais atrativos

  • André Pessôa É empresário e master trainer detailing - especialista em estética automotiva
Publicado em 31/03/2022 às 02h00
Automóvel antigo
Um dos primeiros carros com motor movido a gás. Crédito: Reprodução

Para falar em cuidados automotivos é preciso recordar a história no seu início, lá em 1769, com a criação de automóveis movidos a vapor, primórdios de uma longa e lenta evolução. Já em 1807 surgiram os primeiros carros com motor de combustão interna, movidos a gás, avanço que possibilitou a chegada, em 1883, dos veículos de quatro rodas e motor de dois cilindros movido à gasolina.

Foi a partir daí o início da produção e venda de automóveis, e o boom mundial ocorreu em 1889, com a ‘Exposição Universal’ realizada em Paris e, no Brasil, o primeiro automóvel chegou em 1893. O interesse pelos ‘detalhes’ talvez tenha começado com o Ford de modelo T, pintado na cor preta por quase 20 anos, em que a tinta secava mais rápido e os carros poderiam ser montados mais rapidamente. Essa pintura foi baseada na laca usada nas charretes da época. Entre o final dos anos 1800 e o início de 1900, a indústria que surgia não contava com tintas específicas para carro, e viu nos revestimentos criados para o setor moveleiro um aliado.

Com a chegada da resina acrílica ou esmalte, na década de 1930, surge também um método novo de aplicação através de um injetor de pulverizador de atomização - o avô da pistola de pintura que conhecemos hoje. Na mesma época, uma cera artesanal foi desenvolvida e projetada para as necessidades de cuidado e proteção de móveis antigos, logo perceberam que traria grandes resultados na pintura de automóveis também.

Essa cera até hoje está no mercado, usada por pioneiras como a Mercedes-Benz e a Rolls Royce. Não há uma data precisa sobre a origem do detalhamento automotivo, há duas hipóteses: o início dos concursos de elegância (Concours d’Elegance), em 1920, e o desejo do consumidor por manter o seu carro como novo, pois em pouco tempo, pela baixa qualidade dos materiais, a aparência já não era a mesma, despertando o desejo por produtos que mantivessem a beleza do automóvel.

Esses concursos desafiavam os proprietários e profissionais a levar a conservação automotiva ao “estado da arte”, pois não era incomum encontrar carros com uma aparência ainda melhor que os novos e os recém-saídos das fábricas.

Com o crescimento da indústria, as fábricas precisavam obter meios de impressionar o consumidor para atrair a sua atenção, foi aí que a potência, conforto, desempenho, segurança, confiabilidade e, é claro, a beleza, passaram a ser os principais atrativos.

Com o crescimento dos “concours”, durante as feiras e salões, as montadoras passaram a preparar esteticamente os carros para impactar seus clientes, aumentando a procura pelo ‘detailer’ - profissional capacitado de estética automotiva – que utiliza técnicas, equipamentos e produtos para um resultado satisfatório. E assim a história da evolução automobilística segue junto com o desenvolvimento de tecnologias de proteção e estética para automóveis até hoje, lado a lado.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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