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É especialista em inovação e cultura organizacional

A saúde mental dos empreendedores e o impacto para os investidores

Ao mesmo tempo em que é uma fonte de grande satisfação, o empreendedorismo é estressante. A incerteza, a pressão para obter resultados e inovar, a responsabilidade de lidar com pessoas e prazos e a competitividade podem levar ao esgotamento

  • Jean Paul Villacís É especialista em inovação e cultura organizacional
Publicado em 23/12/2022 às 10h00

O empreendedorismo é um assunto permeado por grandes oportunidades e desafios, o que exige flexibilidade, criatividade e dedicação dos empreendedores. A procura constante por novos conhecimentos, experiências e desenvolvimentos é imprescindível, mas pode afetar diretamente a saúde mental.

Ao mesmo tempo em que é uma fonte de grande satisfação, o empreendedorismo é estressante. A incerteza, a pressão para obter resultados e inovar, a responsabilidade de lidar com pessoas e prazos e a competitividade podem levar ao esgotamento e à perda de motivação. E esses são sinais de que é preciso cuidar da mente e das emoções, antes que surjam eventuais transtornos relacionadas a elas.

Os empreendedores podem ser mais suscetíveis a sofrer de ansiedade e depressão, devido às grandes responsabilidades que carregam, à pressão pelo sucesso e à falta de um grupo com o qual possa dividir responsabilidades e desafios. Além disso, trabalhar de forma independente, sem sofrer qualquer tipo de supervisão, pode gerar sentimentos como isolamento e solidão.

Por mais que a rotina de um empreendedor seja corrida, é importante adequar o tempo à saúde mental, praticar o autocuidado, receber feedbacks positivos que possam aumentar a autoestima e buscar suporte de um grupo de empreendedores ou de um mentor. Outra estratégia importante é estabelecer uma rotina de trabalho saudável, de forma a evitar o acúmulo de estresse.

Adotar uma abordagem de crescimento também ajuda na preservação da saúde mental. Isso significa ter consciência constante de que a jornada de empreendedorismo é uma jornada de aprendizado e não criar nenhuma expectativa de que sucesso imediato. É importante ter paciência e compreender que, inevitavelmente, ocorrem falhas. E é preciso aprender com elas, em vez de desistir por causa delas.

Como, por trás de quem empreende, geralmente há investidores e fundos de investimento, é necessário que eles também tenham essa compreensão e sejam sensíveis às necessidades dos empreendedores, oferecendo suporte emocional e aconselhamento profissional. Além disso, devem estar dispostos a ouvi-los e a oferecer conselhos construtivos, para ajudar a melhorar o desempenho e o sucesso do negócio.

Os investidores também devem incentivar os empreendedores a procurar ajuda profissional, quando necessário, e, principalmente, fornecer recursos para ajudar a gerenciar o estresse e a ansiedade.

Esse tipo de cuidado ajuda na preservação da mentalidade empreendedora e contribui para minimizar o estresse de administrar e trabalhar com o dinheiro de outras pessoas. Investidores que cuidam da saúde mental dos empreendedores tendem a ter melhores retornos, porque, quando mentalmente saudáveis, os empreendedores são mais produtivos, criativos e motivados, tomam decisões baseadas em confiança, em vez de medo, e concentram esforços nos projetos, gerando melhores ideias e mais inovação nos resultados finais.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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