O Espírito Santo se retrata com seu povo, um caldeirão de etnias, onde diferentes realidades se encontram e convivem no mesmo espaço. Essa diversidade, que inclui indígenas, quilombolas, italianos, alemães e muitos outros, traz desafios específicos na saúde.
Cada grupo possui necessidades distintas de atendimento, com povos originários, por exemplo, frequentemente buscando cuidados médicos em locais distantes, o que aumenta o risco de acidentes nas estradas, especialmente em trajetos longos.
Recentemente, participamos de um projeto de ambulatório específico para povos originários no Norte do Brasil, que poderia ser amplamente adaptado e aplicado aqui, em parceria com consórcios municipais. O governador Renato Casagrande está de parabéns em suas ações estratégicas, mas nos municípios ainda podemos melhorar.
Para garantir um atendimento de saúde mais eficiente, é fundamental fortalecer a união entre os municípios, o que vem sendo feito através dos consórcios municipais. Isso contribui para uma gestão mais eficaz dos recursos e serviços, reduzindo riscos e otimizando o atendimento.
No entanto, precisamos avançar na implantação da inteligência hospitalar, utilizando tecnologia para aprimorar a gestão de informações. A digitalização dos processos é essencial para garantir que resultados e próximos passos dos pacientes sejam monitorados de forma rápida e eficiente, o que resulta em um atendimento de maior qualidade.
O Espírito Santo já é referência com o Samu, considerado um dos melhores do Brasil, e tem a oportunidade de se tornar um exemplo na integração de recursos e na busca pela excelência no atendimento hospitalar.
A implantação de centros de inteligência hospitalar nos municípios é uma medida urgente, pois garantiria uma gestão mais eficiente e melhores resultados. Haja vista o acidente desta semana em João Neiva, do qual, por coincidência, fui testemunha ao passar pela rodovia, vemos claramente a necessidade de melhorar a logística de atendimento, especialmente em trajetos longos que apresentam riscos elevados.
Nesse contexto, o conceito de hospitalidade, conforme ressaltado por profissionais da área, ganha ainda mais importância, pois cria um ambiente seguro e acolhedor para os pacientes. Investir em unidades de saúde próximas, como ambulatórios especializados, pode diminuir significativamente os riscos associados ao transporte dos pacientes.
Além disso, a valorização dos profissionais de saúde deve ser uma prioridade. Esses profissionais, muitas vezes trabalhando em condições adversas, merecem respeito e reconhecimento. A capacitação e valorização dessas equipes são fundamentais para garantir que o atendimento seja de alta qualidade, contribuindo para um sistema de saúde mais humano e eficiente.
Com a eleição de novos líderes, os novos rumos da economia, as novas regras das emendas parlamentares e as novas gestões que se iniciam, existe a possibilidade de crescermos com bases sólidas e fazer do Espírito Santo uma vitrine da saúde do Brasil.
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