Todos os dias, testemunhamos inúmeras tragédias nas ruas e estradas do nosso país. Mais de 30 mil pessoas perdem a vida anualmente em decorrência de acidentes de trânsito. No Espírito Santo, até julho deste ano, quase 100 pessoas morreram e mais de 1.300 acidentes foram registrados nas rodovias federais que cortam o estado, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Isso equivale a uma vida perdida a cada três dias.
Os números são alarmantes. O trânsito é um reflexo da nossa sociedade, e precisamos compreender que, ao volante, todos somos responsáveis pela vida de cada pessoa que compartilha a via conosco. A imprudência, o desrespeito às leis de trânsito e a falta de empatia resultam em tragédias que poderiam ser evitadas.
Neste 25 de setembro, Dia Nacional do Trânsito, instituído pelo Código de Trânsito Brasileiro, faço um apelo pela conscientização da população sobre a importância de sermos agentes transformadores na promoção de um trânsito seguro e responsável. A defesa da vida humana é uma causa de interesse público e coletivo, que deve ser abraçada por todos nós.
Sempre defendi a ampliação de campanhas de educação no trânsito, com foco em escolas e comunidades, pois são cruciais para a formação de condutores e pedestres conscientes e responsáveis. A educação para o trânsito deve começar cedo, nas escolas, e ser reforçada ao longo da vida. Precisamos formar cidadãos que compreendam que o respeito à vida começa com o respeito às normas de trânsito.
É fundamental incentivarmos o debate sobre temas como segurança, cidadania e o papel de cada um na construção de um trânsito mais seguro. No Congresso Nacional, continuo na mobilização para que sejam votados os mais de 20 projetos de lei e cerca de 60 relatórios que apresentei com o objetivo de endurecer a legislação, reduzir as mortes e tornar o sistema viário mais humano.
Entre as principais iniciativas, destaco o meu projeto de lei mais recente, para endurecer as penalidades para crimes de trânsito cometidos sob a influência de álcool ou outras substâncias psicoativas. Diante da irresponsabilidade de quem bebe e dirige, o bafômetro deve ser obrigatório e o homicídio nessa circunstância inafiançável.
Defendo uma legislação rígida para coibir práticas que colocam em risco a vida de inocentes. A tolerância zero para o álcool ao volante é uma medida necessária para preservar vidas. Precisamos de uma legislação firme e de uma fiscalização eficaz para evitar que famílias sejam destruídas pela irresponsabilidade.
Mais uma vez, faço um alerta para que possamos refletir sobre a urgência de construir um trânsito mais humano e seguro. A luta pela conscientização e pela implementação de políticas públicas efetivas é essencial para que o trânsito deixe de ser um cenário de tragédias e passe a ser um espaço de convivência pacífica e respeitosa. A imprudência causa dor e perdas irreparáveis. Que possamos aprender com as tragédias e construir juntos um trânsito onde a vida é prioridade.
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