Um dos eixos básicos do desenvolvimento infantil é a alfabetização. Essa é uma fase de elevada importância na formação por criar bases para a interação entre as pessoas e o desenvolvimento do pensamento e do conhecimento. Apesar dessa relevância, o processo de alfabetização não deve ser visto como um “bicho de sete cabeças”, pois precisa ser natural, contínuo, tendo início até mesmo antes da escola formal.
Desde que a criança nasce, ela está inserida no mundo das letras, pois tem acesso a materiais escritos. Quando ingressa na escola, ela é exposta a um ambiente alfabetizador, e a leitura e a escrita começam a fazer mais sentido e tornam-se parte da vida dela.
Por estar em desenvolvimento, é fundamental que essas vivências sejam significativas, sendo uma boa estratégia trabalhá-las de maneira lúdica e por meio de brincadeiras. Dessa forma, aos poucos a criança discerne que escrever e desenhar são ações diferentes e que somos capazes de registrar o que falamos e pensamos. É uma descoberta fascinante.
Somente após essas etapas é que o entendimento mais completo das relações fonema-grafema acontece. O professor age mediando intencionalmente situações que levam o aluno às próprias produções para que desenvolva habilidades dentro de um contexto social e cultural.
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Por acontecer em uma faixa etária de autonomia em construção, o alfabetizar em meio à pandemia e aos estudos remotos foi desafiador por um lado, mas por outro só reforçou aquilo que sempre percebemos e defendemos. O processo é bem particular, cada aluno tem um ritmo de aprendizagem que deve ser respeitado e valorizado, sem angústia e pressa, sem jamais, contudo, abrir mão dele, visto que tantos estudos já comprovarem ser a alfabetização fundamental para sociedades com mais qualidade de vida e menos desigualdades.
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