José Adilson de Oliveira*
O Brasil ganharia muito se os adversários do presidente não usassem informações equivocadas para desestabilizarem o governo. Atacar o agronegócio, um gigante que em 2019 alcançará cerca de um bilhão de toneladas de produtos, 100 bilhões de dólares de exportações e 22% do PIB brasileiro é auxiliar os adversários externos do Brasil.
Este “Tribunal de Leigos” não sabe que foi a tecnologia desenvolvida pelo Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, liderado pela Embrapa e aplicada nos chapadões dos solos de cerrado das Minas Gerais e que se estendeu pelo Brasil Central, foi a responsável por fazer do Brasil o líder do mundo tropical na produção de alimentos.
Importador até a década de 1970, o país se tornou fornecedor para mais de 1,5 bilhão de pessoas em todo o planeta e reduziu o custo da cesta básica de alimentos em cerca de 50%, salvando o Brasil de uma catástrofe socioeconômica. Ainda existem 820 milhões de pessoas passando fome no mundo, inclusive aqui, e estima-se que a população mundial saltará dos atuais 7,7 bilhões para cerca de 10 bilhões de habitantes até 2050.
O Brasil foi convocado pela conjuntura mundial a dobrar sua produção para alimentar esse “povão” todo. É um desserviço à nação não reconhecer a evolução positiva do agronegócio brasileiro, que aumentou a produção de grãos em 5,8 vezes e a área plantada apenas 1,7 vez nos últimos 40 anos, poupando mais de 150 milhões de hectares de recursos naturais.
O agro não concorda com o desmatamento ilegal e considera legítima a preocupação de todos com o bombardeio de informações alarmistas e sem fundamento. Por que o presidente da França não faz da Guiana Francesa uma referência de desenvolvimento sustentável na região Amazônica?
Quem buscar a verdade encontrará, pelo menos, três conclusões: 1ª) Que o agronegócio vem salvando o Brasil da bancarrota há anos; 2ª) Que graças ao agronegócio estão todos vivos e razoavelmente bem; e 3ª) Que o agronegócio legal não precisa desmatar por vários anos para produzir os alimentos, fibras e bioenergia que a sociedade necessita. Avante agro e avante Brasil!
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*O autor é engenheiro agrônomo, advogado e ex-presidente da Sociedade Espírito-Santense de Engenheiros Agrônomos
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