Após o impacto gerado pela redução na demanda de passageiros – consequência da pandemia da Covid-19 –, o segmento de transporte rodoviário de passageiros tem um novo desafio a enfrentar: a alta no preço do diesel, que fechou o mês de outubro com um valor 42% superior ao registrado no mesmo mês de 2020.
O combustível, responsável por mover as frotas de ônibus do país, é fundamental para que o serviço de transporte continue a ser prestado para a população. Segundo dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o diesel corresponde, em média, a 26,6% do custo total das empresas operadoras do transporte coletivo de passageiros.
Também de acordo com a NTU, a queda na demanda de passageiros transportados caiu pela metade na pandemia, resultando num prejuízo acumulado de mais de R$ 16,7 bilhões no período de março de 2020 a junho de 2021.
Especialistas apontam que a saída para superar o colapso sem que haja aumento nas tarifas é pautada em três pontos. O primeiro é a viabilização de novas formas de custeio dos serviços de transportes púbicos que não dependam somente das tarifas. Depois, a redução dos custos operacionais sem redução da oferta de transportes e, ainda, ações em infraestrutura que deixem os ônibus mais eficientes e com maior velocidade operacional, como mais faixas, corredores e preferência em cruzamentos.
Agora, mais do que nunca, se faz necessário enfrentar esse novo desafio. Desafio este que diz respeito a todo o setor de transporte e não apenas ao segmento do transporte de passageiros. Há um enorme impacto para as empresas. Além da necessidade de arcar com custos elevadíssimos de combustível, é preciso considerar outros custos. Entre eles, a folha de pagamento e a manutenção dos veículos.
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Neste momento em que o setor busca fôlego para se recuperar de uma crise, é inviável manter um gasto tão alto com insumos. É preciso – e com urgência! –buscar soluções compartilhadas para solucionar a questão.
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