As discussões sobre os novos modelos de trabalho tornaram-se necessárias e urgentes face ao cenário de mundo em que vivemos. Relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial, em 2020, indica que o ritmo de adoção da tecnologia deve permanecer inalterado e pode acelerar em algumas áreas.
Indica ainda que a automação, em conjunto com a crise gerada pela pandemia de Covid-19, está criando um cenário que trará, até 2025, profundas transformações em tarefas, empregos e habilidades. Nesse sentido, a expansão da digitalização de processos e do crescimento de trabalho remoto são consequências naturais ao contexto.
Entretanto, se por um lado, as discussões sobre a aposta na automação e na tecnologia para impulsionar a produtividade já rondavam os cenários corporativos há algum tempo, por outro, a pandemia tornou explícita a necessidade de se pensar estratégias, políticas e capacidades para a sustentabilidade das organizações e das pessoas. Isso porque a transformação digital não vai impactar somente nas capacidades tecnológicas das organizações. Sobretudo será necessário trabalhar para a transformação cultural das organizações e seus modelos de gestão.
A adoção de um modelo flexível de trabalho, com o trabalho remoto ou modelos híbridos, vai exigir um repensar dos escritórios como espaços de colaboração e cocriação e não mais espaço de controle. Além disso, a coexistência de equipes remotas e locais exigirá das lideranças, especialmente líderes de RH, atender às diversas necessidades dos profissionais, mantendo uma consistência e coerência de objetivos, políticas e cultura organizacionais.
O trabalho remoto imposto pela pandemia explicitou que, para além dos desafios de infraestrutura, torna-se imperativo discutir a adaptação aos novos modelos de trabalho, a criação de vínculo organizacional, a comunicação, valorização e reconhecimento do trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e familiar e a sobrecarga do trabalho feminino.
Ademais, as situações de incerteza em todas as esferas da vida diante da pandemia e a imposição de um modelo de trabalho que altera características da vida social têm exigido maior atenção à saúde mental dos trabalhadores. Os referenciais de gestão e os conceitos de planejamento, organização, liderança e controle que sempre orientaram as organizações em suas práticas demonstram-se insuficientes neste momento, exigindo de todos os atores organizacionais uma rápida e intensa adaptação.
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E é exatamente para abordar essas mudanças e a necessidade de reinventar o humano e suas práticas que a ABRH-ES realiza, em 16 de junho, o Conexa h. Neste ano, o maior congresso de gestão de pessoas do Estado será online, em função da pandemia, e doará todo o valor das inscrições para o combate à fome. Serão mais de 15 palestrantes locais e nacionais discutindo as transformações, tendências e desafios desse novo mercado de trabalho, em constante mutação.
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