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É diretor da Escola de Associativismo

Associativismo: a união como estratégia de força

Empresas associadas podem, por exemplo, negociar melhores condições de compra de insumos ou acesso a crédito e maior poder de barganha, o que seria inviável para uma empresa isolada

  • Agostinho M. Rocha É diretor da Escola de Associativismo
Publicado em 12/08/2024 às 17h33

A união faz a força. O conhecido trecho, parte de uma frase maior que diz “do mesmo modo que a união faz a força, a discórdia leva a uma rápida derrota”, proferido no distante ano de 599 A.C. pelo escritor grego Esopo aos 21 anos de idade, expressa de forma sucinta o sentimento do associativismo.

E, mais do que um propósito que nos faz refletir com nitidez que não vivemos sozinhos, isolados, estar associado pode mudar para melhor o comportamento e levar ao crescimento das associações comunitárias, filantrópicas e notadamente as associações de empreendedores.

Quando estamos em galera, time, associados, fazemos festas, jogamos bola, pensamos em soluções para o meio ambiente, desenvolvemos máquinas e equipamentos para os negócios. E sempre foi assim, desde que sabemos de nossa existência, como aconteceu com os Sapiens, para muitos o principal fator de estarmos vivos hoje e não os homens de Neandertal, que não eram muito chegados a viver junto.

A partir dessa ótica, surge o associativismo que, conceitualmente falando, é uma prática de organização coletiva no qual tanto pessoas como entidades se unem em torno dos mesmos interesses, buscando trilhar metas que sozinhos seriam difíceis demais de alcançar.

Em nosso Estado, temos muito orgulho em termos a Escola de Associativismo, a única do país a proporcionar capacitações na área. A ideia foi colocada em prática com enorme amplitude pelo saudoso empresário Sérgio Rogério de Castro, ao fundar a Escola de Associativismo em 2015.

Presidente emérito da Findes, nos deixou quando atuava como vice-presidente do Conselho de Gestão e um legado de uma imensa contribuição ao sentimento de associativismo, ao fortalecer os laços entre organizações e inspirar gerações a promoverem o bem coletivo.

No país, o associativismo ganhou força a partir do século XX, principalmente com o crescimento da industrialização, quando as associações se firmaram como importantes ferramentas de representação e defesa de interesses. O movimento tem conquistado cada vez mais relevância, especialmente no ambiente empresarial.

E por quê? Quais vantagens? Pode ser um desafio a convivência. Já respondo, caro leitor, que pode ser, mas que ao final, vencendo as etapas do conviver em comum, os resultados serão promissores.

Empresas associadas podem, por exemplo, negociar melhores condições de compra de insumos ou acesso a crédito e maior poder de barganha, o que seria inviável para uma empresa isolada. Além disso, o associativismo fomenta a inovação e a transferência de tecnologia.

Mãos dadas; cooperação; cooperativa
Associação. Crédito: Pixabay-Pexels

A troca de experiências e conhecimentos entre os membros de uma associação pode levar ao desenvolvimento de novas ideias, impulsionando a competitividade. Outro benefício é o fortalecimento institucional, com associações oferecendo apoio jurídico, técnico e operacional para seus associados.

Além, claro, da representação e defesa de Interesses - quando atuam como representantes das empresas - influenciando políticas públicas e regulatórias em favor do setor, o fortalecimento de rede de contatos, principalmente em tempos crise, quando houver e a melhoria da reputação e imagem.

O associativismo se mostra, dessa forma, como uma ferramenta poderosa para transformar o comportamento e fortalecer empresas e instituições. É mais do que uma prática organizacional, é um movimento que reforça a importância da colaboração e do trabalho conjunto para um futuro melhor e mais próspero.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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