No início da pandemia, muito se falou no “novo normal”. A expressão fazia sentido à época, diante da realidade que se colocava à nossa frente, e continua fazendo depois de tudo que vivemos neste mais de um ano em crise.
É fato. Não será mais possível retroceder ao “velho normal” que conhecíamos e, a sensação que se tem é a de que o mundo virou ao avesso. Do trabalho em home- ffice ao isolamento social, das restrições para funcionamento do comércio e serviços ao lockdown, tudo foi alterado e afetou a vida de todos nós. Porém um dos impactos mais severos ocorreu no segmento empresarial.
A disrupção provocada pela pandemia gerou um cenário complexo, com efeitos diretos e colaterais em praticamente todas as atividades econômicas. Além de terem tido que se adaptar repentinamente a novos hábitos de consumo e inúmeras mudanças decorrentes da pandemia, os setores produtivos também foram fortemente afetados pela rápida evolução tecnológica.
A transformação digital e a inteligência artificial lideram esse processo e seguem promovendo sequentes alterações nas organizações. E elas chegam com alguns agravantes: acontecem em velocidade tão grande que muitos empresários estão tendo dificuldades para, individualmente, acompanharem e implantarem até mesmo as mais urgentes e necessárias.
Por tudo isso, entendo que parte da solução para esta crise passa por um princípio secular e que se tornou vital neste momento: a união.
O mundo está em transformação e o cenário apresenta-se nebuloso. Acredito que muitos dos novos caminhos que precisam ser construídos somente serão alcançados com o associativismo. O agir coletivamente é a forma mais eficiente para superarmos o presente instável e o futuro imprevisível. Juntos, conseguiremos buscar informações, tecer estratégias e construir soluções para nos mantermos inseridos no cenário global.
As associações de classe, que sempre foram um excelente palco para debater problemas e buscar soluções comuns, precisam ir além do “cardápio” tradicional. Neste momento tornou-se imperativa sua atuação junto aos associados para debater e buscar soluções que os ajudem a se inserir nos novos processos produtivos e demandas do mercado.
Mais do que nunca, caberá aos gestores empresariais redesenharem as suas políticas e estratégias para a inserção neste novo mundo que demanda inovação, sustentabilidade e governança. As associações empresariais têm protagonismo especial nesse cenário, seja como suporte aos seus filiados, seja na defesa do ambiente de negócios mais saudável, pauta desenvolvida perante os poderes públicos.
Os novos tempos nos convocam à reinvenção, a trilhar novos caminhos. Seguindo juntos faremos uma caminhada mais leve, solidária e bem-sucedida. O mundo mudou e continuará mudando. Temos que estar preparados para isso.
* Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta
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