Na segunda quinzena de abril, o governo do Espírito Santo começou a lenta flexibilização das atividades econômicas após um duro período de restrições em todo o Estado em março. Mais uma vez, o setor de alimentação fora do lar, formado por bares, restaurantes e lanchonetes, foi um dos mais impactados.
Mesmo com estudo comprovando o baixo risco de contaminação em estabelecimentos que seguem os protocolos de biossegurança adequadamente, sofremos um lockdown sem ajuda governamental de nenhum tipo para manter nossas empresas de pé, ou seja, é pedido o sacrifício, mas não há qualquer compensação por parte do Estado, que representa a sociedade.
Estamos todos do mesmo lado na batalha contra o coronavírus, o segmento de bares e restaurantes foi o primeiro a implementar medidas de biossegurança a fim de conter o avanço da pandemia. Porém, mesmo com esforços no sentido de combater a progressão da doença, nosso setor segue sendo “bombardeado” por medidas restritivas que tornam quase impossível sobreviver. Para 60% dos estabelecimentos formais, o fechamento é definitivo, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
O encerramento definitivo de bares representa o avanço do desemprego, de bolsões de pobreza, refletindo diretamente no consumo e na economia e, principalmente, na qualidade de vida das pessoas. Sem ocupação não há dinheiro para itens básicos de sobrevivência. A precarização das empresas reflete no combate à pandemia, destituindo da população recursos necessários para esse enfrentamento sanitário, como máscaras e álcool em gel, entre outros.
Diante desse cenário, o Sindicato de Bares, Restaurantes e Similares do Espírito Santo (SindBares) e Abrasel no Espírito Santo estão prontas e dispostas a dialogar com as autoridades sanitárias e ajudar na construção de soluções coletivas para reduzir os riscos presentes a todos, seja de contaminação, seja do desemprego.
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A razoabilidade é um clamor do setor e de toda a sociedade pela convivência em ambientes controlados. A ampliação dos horários de funcionamento permitidos é uma das soluções urgentes e necessárias para manter a sobrevivência do setor que é formado, em sua maioria, por empresas familiares e que empregam milhares de pessoas. A restrição do funcionamento de empresas regularizadas, que atuam seguindo os protocolos de biossegurança, contribui para aumentar a clandestinidade, que segue sem cuidados ou segurança adequadas. Precisamos trabalhar já!
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