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É cirurgiã plástica e coordenadora-geral do Programa de Assistência Dermatológica e Cirúrgica ao Câncer de Pele (PAD-Ufes)

Câncer de pele: união de esforços para ajudar a quem precisa

As ações do Programa de Assistência Dermatológica e Cirúrgica ao Câncer de Pele (PAD-Ufes) são realizadas por meio de mutirões de consultas, que conseguem atingir mais de 3 mil pessoas por ano que, muitas vezes, não têm acesso a médicos

  • Patricia Lyra É cirurgiã plástica e coordenadora-geral do Programa de Assistência Dermatológica e Cirúrgica ao Câncer de Pele (PAD-Ufes)
Publicado em 18/01/2023 às 15h48

Informação é poder. E quando pensamos em saúde, a informação ajuda a prevenir doenças e a salvar vidas. Como no caso do câncer de pele.

Dados atualizados do Inca mostram que o tipo de câncer mais incidente na projeção até 2025 será o de pele não melanoma, com 31,3% dos casos. E essa é a neoplasia mais comum em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara e sensíveis à ação dos raios solares, como os trabalhadores rurais.

Apesar dos números, no entanto, a taxa de mortalidade é menor que em outras doenças, mas isso não diminui a preocupação e os cuidados que se devem ter durante a vida, principalmente para os melanomas, tumores de pele mais agressivos.

No Estado, com o objetivo de levar informação, diagnóstico precoce e tratamento para o câncer de pele a pessoas de 11 municípios capixabas existe, há mais de 30 anos, o Programa de Assistência Dermatológica e Cirúrgica ao Câncer de Pele (PAD-Ufes). A equipe do PAD conta com professores, técnicos e discentes dos cursos de medicina, ciência e engenharia da computação e engenharia química, todos voluntários.

As ações do PAD são realizadas por meio de mutirões de consultas, que conseguem atingir mais de 3 mil pessoas por ano que, muitas vezes, não têm acesso a médicos, seja por falta de oferta, seja por questões sociais. As atividades são realizadas com um calendário específico para cada região e, geralmente, acontecem durante dois dias (finais de semana) em espaços como ginásios e igrejas.

Câncer de pele
Câncer de pele. Crédito: Shutterstock

Além de levar informação sobre prevenção, os voluntários auxiliam no diagnóstico precoce de lesões e realizam pequenas cirurgias, permitindo que o tratamento seja menos invasivo e oferecendo mais qualidade de vida às pessoas atendidas. Outro tipo de compartilhamento que faz a diferença na iniciativa é a troca mais próxima com a comunidade, que contribui para uma formação mais empática e humana dos estudantes voluntários.

A partir de vivências amplas, é possível desenvolver informações plurais e fazer com que conteúdos importantes cheguem às comunidades dentro do contexto social mais próximo de cada uma delas.

Nunca é demais ampliar a temática e reforçar a importância da promoção da saúde com informações e formações de qualidade. Pois, quando falamos em práticas de educação e saúde, precisamos pensar em um conceito que vai muito além dos estudos dentro da sala de aula e de laboratórios.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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