Na busca por melhores condições de vida, muitas famílias capixabas partem para outros países e deixam para trás familiares, amigos e a sua cultura. Em terras estrangeiras, trabalham muito para se estabelecer no novo lar, mas também para proporcionar bem-estar e qualidade de vida para quem vive perto e longe.
Após alcançar os seus objetivos e morando muitos anos em outros países, em algum momento surge a necessidade de pensar na possibilidade de voltar às raízes, e neste sentindo, muitos capixabas, atentos ao futuro, consideram investir em negócios que a longo prazo irão tornar esse desejo realidade.
Por isso, nos últimos anos, é percebido um movimento no mercado consumidor do brasileiro imigrante: a compra por loteamentos. A grande maioria investe em cidades com potencial econômico no Espírito Santo. São jovens casais que constituíram as suas famílias e conseguiram se capitalizar no exterior graças à valorização do dólar e do euro, aumentando assim seu poder de compra, decidindo, agora, aplicar o dinheiro em negócios rentáveis e sem burocracia.
Além de adquirir um bom patrimônio no seu país e garantir a qualidade de vida já conquistada, o imigrante capixaba que ainda reside fora não precisa enfrentar a burocracia na compra do lote, pois não é necessário comprovar renda. Outro fator que incentiva o interesse por esse tipo de investimento, no aspecto econômico, é o baixo custo, já que não possui condomínio, nem necessidade de manutenção e depreciação. Além disso, também ocorre a valorização do bairro e do comércio local que ganha forma, o que refletirá, no futuro, no valor do lote.
Esse conjunto de fatores econômicos estimula os capixabas residentes em países como Estados Unidos e Reino Unido a investirem no Espírito Santo. Para além desse espectro, há que ser considerado o sentimento de pertencimento. As pessoas almejam voltar a viver próximas de locais que remetam à sua memória afetiva. Especialmente, próximos ao litoral, por essa razão o sonho de muitos é construir uma casa de praia e reestabelecer a relação com o mar.
Ou seja, nos conectar com o que temos familiaridade e identificação é o que permeia a nossa existência. Podemos viver muitos anos em outros lugares, construir e realizar muitos sonhos, mas o que irá preencher as nossas vidas é a possibilidade de estarmos juntos às nossas raízes.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.