A evolução dos serviços de saúde digital depende da popularização do uso do Certificado Digital na assinatura de documentos e a padronização da interoperabilidade em sistema de saúde. Com a certificação digital ICP Brasil, não vai haver mais a necessidade de carimbos e burocracias já que a assinatura é vinculada ao CPF do médico e impede a falsificação de documentos, assim como garante um fácil armazenamento de documentos, laudos, receitas, prontuários e prescrições.
No caso da interoperabilidade no sistema de saúde, o padrão conhecido como HL7 garante que os sistemas de informática em saúde funcionem integrados. Com a padronização, podemos interligar e integrar os sistemas de laboratórios de análise clínica, de imagem e, inclusive, o prontuário eletrônico de forma segura e estável.
Essa revolução tecnológica vai permitir que um determinado paciente, que faça um exame de sangue em um local e uma ressonância em outro, possa ter todas as informações disponibilizadas ao médico que o atende em outra região, por exemplo. É como uma peça de lego na qual tudo se encaixa.
Nesse sentido, o ICP-Brasil, que é uma cadeia hierárquica que viabiliza a emissão de certificados digitais para identificar virtualmente pessoas físicas ou jurídicas, utiliza a infraestrutura de chaves públicas, conhecida como certificação com raiz única. Ou seja, uma autoridade certificadora raiz é o ponto mais alto e responsável por executar as políticas de certificados, normas técnicas e operacionais aprovadas pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil.
Esse documento eletrônico possibilita que os arquivos circulem pela internet sem o risco de serem corrompidos ou extraviados. Essa identidade virtual é vinculada ao CPF da pessoa e serve como um validador da veracidade daquela assinatura.
Uma outra ferramenta que traz soluções digitais em saúde e integra outros sistemas é o Application Programming Interface (API). Esse programa permite um fluxo dinâmico e maior disponibilidade de dados através da integração para acompanhamento e análise da saúde do paciente. E já há no mercado um formato específico da criação de APIs, chamado Health Level 7 (HL7), que determina os parâmetros para essa comunicação, garantindo uma integração mais rápida e segura.
O desenvolvimento em padrão HL7, tradicionalmente, imprimia altos custos à criação de novas plataformas, porém em sua nova interface (HL7 FHIR) existe maior viabilidade financeira e dinâmica no desenvolvimento. O valor ainda está fora da realidade, mas é um passo inicial de desenvolvimento em novas soluções em saúde.
A evolução das tecnologias de saúde demanda assim da popularização do uso dessas tecnologias e a viabilidade econômica de desenvolver APIs com um padrão comum em saúde.
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Quando essa realidade estiver ao alcance de todos no Brasil, a medicina vai conseguir ultrapassar fronteiras e salvar muito mais vidas. As tecnologias vão agilizar o processo de apoio a decisão clínica e também vão otimizar o tempo com deslocamento dos pacientes.
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