O Censo Demográfico 2022 começou nesta segunda-feira (1º). Com o começo da coleta vem também a modernização dos instrumentos de pesquisa para garantir à população mais agilidade e precisão na hora da coleta de dados.
Neste ano, o Censo completa 150 anos do primeiro recenseamento feito no país. Realizado ainda na época do Império, em 1872, a primeira pesquisa censitária perguntava, entre outros itens, se o entrevistado era “livre” ou “escravo”, e os formulários de papel eram distribuídos país afora em lombo de burro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesse contexto, tem o papel de conduzir o Censo desde 1940, sendo o responsável por oito dos 12 censos realizados até os dias atuais.
No Brasil, cerca de 75 milhões de domicílios receberão a visita dos recenseadores e, no Espírito Santo, aproximadamente 1,4 milhão de domicílios serão visitados. Cerca de 3,6 mil recenseadores estarão devidamente uniformizados, com colete e crachá, além de QR Code para checagem dos moradores, para aplicar dois tipos de questionários: o básico com 26 questões e o ampliado com 77 questões. A entrevista tem duração média de 5 minutos para o questionário básico e 18 minutos para o ampliado.
Os recenseadores estarão munidos de um dispositivo móvel de coleta (DMC) que vai permitir mais agilidade no processo de coleta das informações e mais segurança dos dados. Os softwares foram feitos para o Censo pelo próprio IBGE e contêm mapas digitais portáteis, posição dos recenseadores no mapa em tempo real, além de imagens de satélite, com alta resolução, disponíveis para praticamente todas áreas urbanas e rurais.
O monitoramento das áreas cobertas pelos recenseadores é outro ponto positivo do DMC, pois os supervisores terão uma visão geral dos domicílios visitados e podem alinhar as rotas em casos de desvios.
Vale salientar que o IBGE captará, pela primeira vez, as coordenadas de todos os domicílios. As coordenadas geográficas consistem em um dos métodos mais eficientes de localização, pois permitem identificar qualquer ponto na superfície da Terra por meio dos valores de latitude e longitude.
Com toda essa modernização, o Censo 2022 cumpre o seu papel de nortear repartições a respeito de recursos públicos; conhecer com detalhes os recortes específicos da população brasileira; levantar informações estratégicas para a iniciativa privada; conhecer as condições de vida da população e das famílias e obter informações sociodemográficas e econômicas para o meio acadêmico.
Em contrapartida, é importante que a sociedade responda e esteja aberta para cooperar com o Censo. Responder ao Censo é um ato de cidadania na medida em que o cidadão se compromete com o futuro do país. Do papel ao DMC, agilizamos o processo, para fazer da pesquisa um processo rápido e contribuitivo.
Então, quando o recenseador bater a sua porta, atenda-o e responda à pesquisa. Ele também é uma mola propulsora para o nosso amanhã. Contamos com vocês para fazermos um Censo de qualidade e fidedigno.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.