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É pós-doutora em Administração e coordenadora de pesquisa do Connect Fecomércio-ES - Observatório do Comércio Capixaba

Comércio capixaba é pilar estratégico de desenvolvimento

Ao integrar setores produtivos, impulsionar o consumo e gerar empregos, o comércio não apenas sustenta o crescimento econômico, mas promove inclusão social e estabilidade financeira

  • Ana Carolina Júlio É pós-doutora em Administração e coordenadora de pesquisa do Connect Fecomércio-ES - Observatório do Comércio Capixaba
Publicado em 20/12/2024 às 13h56

Mais que uma atividade econômica, o comércio é a engrenagem que move a vida cotidiana e sustenta a economia como um todo. Cada transação realizada ativa uma vasta cadeia de valor, conectando a indústria, o setor atacadista e o varejo, garantindo acesso a uma ampla diversidade de produtos, desde itens essenciais até bens de maior valor agregado.

No Espírito Santo, o comércio varejista, por exemplo, se destaca como um motor vital para a economia local. Dados do Connect Fecomércio-ES – o Observatório do Comércio Capixaba – indicam que o setor deve movimentar R$ 81,3 bilhões em 2024. Em setembro, por exemplo, o varejo capixaba registrou um marco histórico, alcançando o maior patamar dos últimos 20 anos, com um crescimento mensal de 3,4%, o maior entre os estados brasileiros, segundo o IBGE.

Esse desempenho robusto reflete diretamente o aquecimento do mercado de trabalho. Com uma taxa de desocupação de apenas 4,1% – a menor dos últimos 12 anos e a menor do Sudeste –, o Estado apresenta uma base sólida de consumo. A inadimplência também segue em queda, com mais de 230 mil famílias recuperando sua saúde financeira no último ano.

Esse cenário positivo impulsionou a intenção de consumo, que registrou quatro altas consecutivas. Impulsionado pela Black Friday, o varejo movimentou impressionantes R$ 7,69 bilhões em novembro, com previsão de alcançar R$ 7,9 bilhões em dezembro.

No atacado, a força do setor também se reflete em números expressivos. Com uma contribuição de R$ 4,095 bilhões ao tesouro estadual até setembro de 2024, o segmento representa 26,2% da arrecadação de ICMS no período. Somados, varejo e atacado respondem por 37,5% de toda a arrecadação de ICMS do estado, consolidando-se como um dos pilares fiscais mais relevantes para o Espírito Santo.

Comércio se movimenta para o Natal na Av. Expedito Garcia, Campo Grande, Cariacica
Comércio se movimenta para o Natal na Av. Expedito Garcia, Campo Grande, Cariacica. Crédito: Fernando Madeira

Além disso, o comércio é um dos maiores empregadores do Estado. Com 231 mil postos de trabalho com carteira assinada, o setor responde por 25% do total de empregos formais no Espírito Santo, reforçando sua importância social e econômica.

Esses números demonstram que o comércio capixaba é muito mais que uma atividade econômica: é um catalisador do desenvolvimento regional. Ao integrar setores produtivos, impulsionar o consumo e gerar empregos, o comércio não apenas sustenta o crescimento econômico, mas promove inclusão social e estabilidade financeira. Em um contexto de expansão e transformação, o Espírito Santo se posiciona como um modelo de integração econômica, demonstrando que o comércio é um alicerce estratégico para seu desenvolvimento sustentável.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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