Conhecida como o mais importante polo de inovação, a região do Vale do Silício, na Califórnia (EUA), é uma das maiores aglomerações de empresas com domínio de tecnologia de ponta do mundo. Diversos fatores contribuíram para o incentivo de uma cadeia produtiva de empresas de hardware e software (ou de ambos), incrementadas depois por todo o potencial da internet e das mídias sociais, evoluindo para a indústria de aplicativos.
Entre os elementos incentivadores desse ecossistema, podem ser considerados como os principais responsáveis pela aceleração econômica da região a proximidade de um núcleo acadêmico de excelência, um parque industrial e comercial fomentado e investimentos em novas empresas (startups) por parte de fundos de venture capital e investidores anjos.
Se esses fatores funcionaram por lá, por que não funcionariam por aqui? E, ainda, como transformar o Espírito Santo na porta de entrada de projetos inovadores? Em diversos pontos do Brasil surgem iniciativas semelhantes de fomento, e o Estado tem dado passos largos e firmes para a criação de um ecossistema de inovação que possa impulsionar um novo ciclo de desenvolvimento econômico.
Nesse cenário, o Bandes exerce papel decisivo ao desenvolver modelos acessíveis de financiamento, para projetos de tecnologia, os chamados Startups Companies, e a disponibilidade de recursos de private equity, venture capital e seed capital, como uma alternativa para investimentos na melhoria dos negócios para o setor.
Atuando como um “facilitador”, o banco trouxe para o Espírito Santo alguns dos principais Fundos de Investimento em Participações (FIPs) do Brasil. O banco é pioneiro no Estado em dar oportunidade de acesso a recursos equity – participação acionária – para companhias de base tecnológica em diferentes estágios.
E essa capacidade de atração e fermentação de investimentos agora é potencializada pelo o FIP Funses 01, um fundo na modalidade venture capital multiestratégia, um dos maiores da categoria no país, com aporte inicial de R$ 250 milhões com recursos do Fundo Soberano do Governo do Espírito Santo, e que teve seu processo seletivo para escolha da gestora conduzido pelo banco.
Por ser cotista desses fundos, o Bandes já possui um conhecimento imprescindível para abrir o caminho para que empresas capixabas se candidatem. Cada fundo tem uma maneira de escolher suas empresas “investidas” e uma empresa gestora responsável por identificar o potencial de crescimento das empresas candidatas.
O FIP originário do Fundo Soberano é um novo mecanismo que permite a atração de novas empresas para o Espírito Santo sobretudo startups e empresas de tecnologia com potencial de crescimento. Isso permite um ganho substancial de competitividade do parque industrial capixaba, não apenas com o desenvolvimento de empresas de base tecnológica, mas com a diversificação e o fortalecimento dos negócios locais, permitindo a consolidação e o adensamento de cadeias produtivas de diferentes segmentos econômicos.
A proposta de atuação permite uma proximidade com as incubadoras e as instituições de fomento, com foco no desenvolvimento de negócios, com potencial para geração de empregos e renda, além de um trabalho de aceleração de projetos e startups para transformar ideias em planos de negócio, contribuindo com gestão e governança, sem contar os ganhos em escala e formas de monetização as ideias originadas na academia.
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Com essa estruturação, o Estado tem em suas mãos uma alternativa de investimento econômico e social com potencial transformador da realidade. A construção de um ambiente de negócios capixaba inspirado no conceito do Vale do Silício tem o caminho aberto, e vamos alcançá-lo.
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