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É editor-chefe da TV Gazeta, g1es e ge.com e Master em Gestão de Empresas de Mídia e Estratégias Digitais

Companheira dos brasileiros, TV aberta tem futuro promissor

A diversidade de programação, a gratuidade, a acessibilidade e a conexão com a cultura local continuam atraindo o público

  • Bruno Dalvi É editor-chefe da TV Gazeta, g1es e ge.com e Master em Gestão de Empresas de Mídia e Estratégias Digitais
Publicado em 10/10/2023 às 11h00

Desde 1950, a televisão aberta tem sido uma grande companheira dos brasileiros e palco de programas icônicos que uniram famílias e moldaram a cultura popular. À medida que a tecnologia avança e as opções se multiplicam, o futuro da televisão aberta é colocado em discussão. E muitos se perguntam: ela vai acabar? Acho difícil!

A televisão aberta, que alcança todo o território nacional, ganhou muita relevância no Brasil nos últimos anos e se movimentou para uma transmissão além das ondas tradicionais. Hoje, pode ser vista nos aplicativos de celular, nas redes sociais, nos computadores e mantendo uma característica peculiar: a originalidade. Além disso, detém fatores competitivos como gratuidade, alta qualidade, ineditismo do ‘ao vivo’, confiabilidade do conteúdo, amplo alcance e produções próprias.

Na pandemia, por exemplo, a TV aberta atingiu recordes históricos de audiência no Brasil. Nos grandes acontecimentos, ela continua concentrando boa parte da atenção do público. É na televisão que o brasileiro se encontra, se diverte e se informa. O jornalismo puxa uma fatia importante dessa audiência porque uma parcela considerável das pessoas está afundada num mundo de desinformação e ávida por notícia confiável, baseada em credibilidade, apurada com a técnica necessária ao bom jornalismo e hierarquizada de acordo com os critérios de noticiabilidade, ordem de importância, tamanho e forma de “empacotar”.

De acordo com a Kantar Ibope, 174 milhões de pessoas consumiram o jornalismo da TV Globo e de suas afiliadas no primeiro trimestre deste ano; 168 milhões assistiram às novelas; 155 milhões optaram por programas de variedades; 154 milhões curtiram os filmes; 145 milhões se divertiram com os realities e 86 milhões viram a bola rolar no futebol. São dados que mostram que o público encontra na televisão aberta um grande mix.

Ainda de acordo com a Kantar, no primeiro trimestre do ano, o brasileiro ficou 6h22 ligado na TV aberta - metade desse tempo na Globo e suas afiliadas. É um número 54% maior que todo o streaming somado.

E para continuar relevante, a televisão aberta precisou integrar-se ao mundo digital. Toda rede social, hoje, é uma plataforma de TV. Todo celular é um aparelho de TV. O Brasil está praticamente todo cabeado, conectado, e é o segundo em uso de telas no mundo, o que gera um novo estímulo ao telespectador: ver a TV e comentar a TV nas redes.

Atualmente, as páginas da Globo nas plataformas Twitter, Facebook, Instagram, TikTok e YouTube detêm mais de 50 milhões de seguidores. Para além disso, temas que passaram na Globo e suas afiliadas motivaram 88% de tudo que se falou de televisão apenas no Twitter. E tem mais: 14 assuntos mais comentados no Twitter por dia vêm de conteúdos exibidos inicialmente na Globo e suas afiliadas.

A televisão aberta tem outro grande aliado: o conteúdo regional, que se torna cada vez mais um diferencial competitivo. É na televisão aberta local que as pessoas encontram aquilo que está acontecendo perto de suas casas, o que vai impactar diretamente suas vidas. Isso cria um senso de conexão e identidade que é valorizado pelos telespectadores.

O futuro da TV aberta é promissor pelos atributos que ela oferece e pela sua capacidade de se manter competitiva num ambiente de mídia em permanente evolução. A diversidade de programação, a gratuidade, a acessibilidade e a conexão com a cultura local continuam atraindo o público. Permanecendo com a capacidade de se adaptar às novas tecnologias, a TV aberta seguirá como uma grande e essencial companheira do brasileiro, com informação e entretenimento, por muitos anos. Isso sem falar na TV 3.0 que vem por aí...

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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