Quem convive com uma criança sabe como os primeiros anos de vida são marcados por inúmeras descobertas. Cores, sons, sabores, alimentos, objetos, móveis, animais, letras, tudo no ambiente em que vive desperta e aguça a curiosidade.
Muitas famílias se esforçam para proporcionar experiências para o pequeno ser humano. E fazem bem, porque esse é um período-chave para a aprendizagem. Chega um momento, entretanto, que contar também com a expertise de uma escola em proporcionar os estímulos mais indicados em cada faixa etária é muito bem-vindo.
Muito mais que um lugar para brincar e passar o tempo, permitindo que os pais trabalhem e tenham onde deixar seus filhos, a escola de educação infantil é o local onde a semente do aprender é lançada para criar bases sólidas para o desenvolvimento pleno das capacidades do indivíduo.
O primeiro objetivo, portanto, do ambiente escolar é a socialização com outras crianças e professores. É ao conviver com pessoas fora do seu núcleo familiar que o aluno conhece diferentes costumes e culturas, percebe que o mundo é muito maior do que ela pensava, e constata que precisará dividir a atenção, muitas vezes dedicada até então somente a ele, com outras pessoas.
A partir desse desenvolvimento do aspecto socioafetivo da criança é que se começa a trabalhar também a coordenação dos movimentos e as habilidades motoras e cognitivas, tão importantes para a formação de um cidadão saudável e produtivo.
Por isso, o trabalho realizado na escola é intencional, pautado em experiências e vivências, para a criança explorar o novo ambiente em que está inserida. Por meio de diversas atividades lúdicas, como brincadeiras, contação de histórias e rodas de músicas, ela começa a fazer associações e comparações, compartilhar momentos com seus pares e professores e desenvolver competências, quando, por exemplo, as palavras isoladas e as pequenas expressões dão lugar ao desenvolvimento de uma linguagem mais elaborada, com frases completas.
É também a partir do lúdico que o estudante aprende lições fundamentais para a vida adulta, como autoimagem, autoestima, autoconfiança, hábitos de higiene e saúde, coletividade, cooperação e respeito à diversidade.
Além disso, para se desenvolver de verdade, o estudante precisa ser desafiado. Mas não é qualquer desafio. Cabe à escola avaliá-lo constantemente com olhar atento, individualizado e especializado para oferecer atividades de acordo com a idade e o nível de evolução.
Uma criança que fica em casa perde algumas possibilidades de aperfeiçoamento. A escola está preparada para desenvolver as potencialidades do indivíduo a partir dos primeiros anos de idade. O período de adaptação nessa fase, é verdade, às vezes assusta, mas é primordial para que o aluno, num primeiro momento, se sinta acolhido e seguro e, munido de bem-estar e desejo de conhecer, avance seus degraus rumo ao amadurecimento pleno.
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