As conversas mais importantes desta década acerca da questão climática acabaram de acontecer na COP26, em Glasgow, onde muitos países, incluindo o Brasil, se comprometeram a tomar medidas adicionais para proteger o planeta e as pessoas dos efeitos do aquecimento global. Como o presidente Joe Biden disse, "podemos manter a meta de limitar o aquecimento global a 1,5° C se nossas nações se unirem e se comprometerem a fazer sua parte com determinação e ambição".
Brasil e os Estados Unidos, como nações democráticas influentes com forte interesse em preservar o meio ambiente, assumiram o compromisso de cumprir seus respectivos papéis. Reduzir as emissões de carbono e metano e acabar com o desmatamento ilegal são metas que estão ao nosso alcance. A catástrofe climática de um país impacta todos em todos os lugares, afinal, as mudanças climáticas desconhecem fronteiras.
Por isso, os Estados Unidos estão dedicados a construir um futuro baseado na energia limpa, dentro e fora de casa, com a meta de zerar as emissões de carbono até 2050 no mundo todo. Mobilizando uma abordagem governamental global, já estamos trabalhando com nossos parceiros brasileiros para reduzir as emissões, proteger florestas e ecossistemas, além de garantir empregos bem remunerados e oportunidades em indústrias sustentáveis. O Brasil é um líder mundial na produção e uso de energia limpa e já tem a estrutura, o capital humano e a experiência para liderar esses esforços.
Nos meus primeiros meses como cônsul-geral dos EUA para os Estados do Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo, pude testemunhar uma intenção verdadeira por parte dos governos municipais e estaduais, bem como do setor privado, de investir em um futuro mais limpo e sustentável. Durante uma visita recente que fiz a Salvador, junto com o Encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA, Douglas Koneff, soube, pelo governador, do papel de liderança da Bahia em energia renovável.
Essa é uma área em que nossos países convergem: ambos queremos responder às mudanças climáticas da forma mais eficiente, e a energia gerada de fontes renováveis é peça crucial. O governo do Espírito Santo também está empenhado em trabalhar na agenda ambiental, com o desenvolvimento de seu Programa Estadual de Mudanças Climáticas.
Os dois Estados, assim como o Rio, são membros da iniciativa Governadores Pelo Clima, assinada por 24 Estados brasileiros e o Distrito Federal. Trabalhamos para fortalecer nosso engajamento bilateral nas questões ambientais nos três Estados.
Algumas das iniciativas mais sólidas na área climática estão acontecendo em nível local, principalmente na Cidade Maravilhosa. No dia 22 de setembro, o consulado se uniu à Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro para promover a bicicleta como meio de transporte urbano. Membros do corpo diplomático e ciclistas pedalaram por mais de 10 quilômetros do Arpoador ao Centro para demonstrar a viabilidade de práticas sustentáveis de locomoção.
No dia seguinte, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou a expansão e integração dos 160 quilômetros de ciclovias na cidade, um claro exemplo de compromisso com a iniciativa. Estou ansiosa aguardando a cúpula Rio+30 Cidades, marcada para março do ano que vem, onde líderes de grandes municípios irão, juntos, discutir o papel de suas cidades no combate às mudanças climáticas.
Por último, gostaria de ressaltar que empresas americanas presentes no Brasil também estão buscando operações mais verdes. Baker Hughes, Chevron, ExxonMobil, Halliburton, KimberlyClark, Hershey, AES Brasil e Alcoa, todas se comprometeram com práticas globais sustentáveis.
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Enquanto as negociações sobre a questão climática nos altos escalões continuam a envolver o mundo, eu sigo confiante que a cidade e o Estado do Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo, assim como o país, poderão ser exemplos de liderança climática para um futuro mais seguro e brilhante.
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