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É empresário linharense e CEO da maior rede de aplicação com drones para o agro do Brasil

De drones a inteligência artificial: novas tecnologias na produção do café no ES

A sustentabilidade dos recursos naturais e segurança da aplicação são atributos fortes das novas tecnologias, com redução da emissão de carbono, redução do consumo de água, não compactação do solo e minimização de desperdícios

  • Welber Sant’Ana É empresário linharense e CEO da maior rede de aplicação com drones para o agro do Brasil
Publicado em 15/03/2023 às 14h56

A produção de café não apenas faz parte da história brasileira, como também é motivo de orgulho nacional. Afinal, o Brasil é o maior produtor e exportador do grão no mundo, sendo o Espírito Santo responsável por aproximadamente 70% da produção nacional, segundo os dados do Incaper.

O café conilon é a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas, totalizando 37% do PIB Agrícola. São cerca de 40 mil propriedades rurais em 63 municípios, com 78 mil famílias produtoras. O café conilon gera 250 mil empregos diretos e indiretos.

O que observamos atualmente é como a aderência de inovações no campo traz grandes benefícios no rendimento da produção, por conta da acentuada produtividade. Nos últimos 26 anos, por exemplo, graças às tecnologias voltadas para o setor do agronegócio, que estão em constante desenvolvimento, foi possível aprimorar a sustentabilidade dentro das lavouras e assim reduzir a utilização das terras em apenas 30% em todo o país.

Atualmente, no Espírito Santo, cerca de 70% das lavouras de café conilon são conduzidas com irrigação. O tamanho médio é de 8,0 hectares, conduzidas principalmente pelos produtores e seus familiares.

Por isso, é preciso levar soluções verdadeiras aos pequenos e grandes produtores rurais, não só para garantir maior sustentabilidade e resultados positivos. Mas, também, para possibilitar que essas famílias não percam sua saúde no campo com o passar dos anos.

Somente um drone pode fazer em média 100 hectares por dia de aplicação. Os drones também são capazes de atingir de forma uniforme até as folhas do baixeiro das plantas. Tudo isso otimiza o tempo do produtor rural e garante uma cultura mais rentável.

Drone pulveriza lavoura de café em Marechal Floriano
Drone pulveriza lavoura de café em Marechal Floriano. Crédito: Laboratório de Mecanização e Defensivos Agrícolas (LMDA)

Além disso, a sustentabilidade dos recursos naturais e segurança da aplicação são atributos fortes das novas tecnologias, com redução da emissão de carbono, redução do consumo de água, não compactação do solo e minimização de desperdícios de insumos por conta da aplicação de alta eficiência.

Entre os maiores produtores de café conilon do Espírito Santo estão os municípios de Rio Bananal, Jaguaré, Nova Venécia, Linhares, Boa Esperança, Vila Pavão, Colatina e Marilândia. Destes, Rio Bananal, Jaguaré, Nova Venécia e Linhares já contam com tecnologia de ponta e podem utilizar a pulverização por drones em suas lavouras.

Isso significa utilizar inteligência artificial para aplicações mais precisas, análise de dados da lavoura em tempo real, reduzindo custos, agregando inteligência e maximizando eficiência. E ainda: monitoramento, equipe técnica e gestão por aplicativo, com aplicações totalmente mapeadas através de GPS, agregando valor e entregando mais do que pulverização. Tornando a vida no campo mais sustentável e rentável.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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