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É advogada, mestre, especialista em direito empresarial e em administração de empresas

Dia do Advogado: a inteligência artificial e sua aplicação na prática jurídica

A advocacia precisará acompanhar essas mudanças e se adaptar a novos métodos de trabalho, reinventando-se em um retorno à sua própria essência: o pensamento crítico, a criatividade e o desenvolvimento de soluções únicas e personalizadas

  • Roberta Bortot É advogada, mestre, especialista em direito empresarial e em administração de empresas
Publicado em 11/08/2023 às 13h30

A advocacia está passando por uma série de desafios com a chegada da era digital. A principal delas é a adaptação às novas tecnologias e sua integração eficiente na prática jurídica, o que ficou conhecido como Advocacia 4.0.

O investimento em soluções tecnológicas e em novos conhecimentos, até então muito distantes do ensino tradicional jurídico, tornam-se importantes diferenciais competitivos e, muito provavelmente, em um futuro não muito distante, indispensáveis para a sobrevivência no mercado.

Além do uso de ferramentas como cloud computing e analytics, uma das principais mudanças da era digital é o surgimento da inteligência artificial e sua aplicação na prática jurídica. Muitas tarefas que antes eram realizadas manualmente agora podem ser feitas por sistemas automatizados, o que requer uma reavaliação das competências e a adoção de um novo conjunto de habilidades.

A advocacia precisará acompanhar essas mudanças e se adaptar a novos métodos de trabalho, reinventando-se em um retorno à sua própria essência: o pensamento crítico, a criatividade, o desenvolvimento de soluções únicas e personalizadas com base nas particularidades do caso concreto.

A era atual é caracterizada por problemas multifacetados que exigem soluções igualmente complexas. Por outro lado, o acesso à informação é ilimitado e, com isso, os clientes se tornam cada vez mais exigentes: esperam serviços de alta qualidade com valor agregado. Eles desejam uma comunicação clara e transparente, um compromisso com os melhores resultados e uma representação jurídica que seja tecnicamente habilidosa. Para tanto, o profissional do século XXI deverá ser multidisciplinar, e ao mesmo tempo, extremamente especializado.

Se de um lado, o ganho de eficiência somado à virtualização das relações sociais ocasiona grande pressão nos preços e maior exigência por qualidade, por outro lado, derruba fronteiras para a prestação de serviços, permitindo aos profissionais concorrerem em outros mercados até então inacessíveis.

Digitalização
Justiça digital. Crédito: Inteligência Artificial por Dall-E 2

Essa atuação, no entanto, requer uma abordagem proativa, investimento em ferramentas e novas habilidades, bem como uma compreensão profunda do impacto da tecnologia na prática jurídica, inclusive no contexto da segurança digital, proteção de dados e privacidade.

Profissionais que se adaptarem e abraçarem as mudanças tecnológicas emergentes poderão aproveitar as consequentes oportunidades e garantir um futuro promissor na advocacia, oferecendo um serviço jurídico mais eficiente, acessível e alinhado com as expectativas dos clientes do século XXI.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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