O Dia 7 de abril marca, ao mesmo tempo, duas datas importantes: o Dia Mundial da Saúde e o Dia do Jornalista, dois temas que, aparentemente, não se relacionam, mas que permitem, sim, uma analogia. Ter saúde precisa, cada vez mais, ser entendido, vivenciado e praticado como algo que vai além de não ter doenças instaladas.
Nesse sentido, promover saúde também não pode se resumir a tratar doenças, mas sim a trabalhar por uma cultura que, de fato e não apenas numa ação mercadológica bem embalada, invista no exercício da medicina preventiva.
Fazer medicina preventiva é uma iniciativa árdua que envolve muitas frentes de trabalho, incluindo o acesso à informação e ao conhecimento, missão essencial do bom jornalismo, que merece todo respeito e valorização. Uma parceria necessária no trabalho de disseminar a cultura da prevenção que leva ao envelhecimento saudável e a qualidade de vida de nossa população idosa.
É senso comum falar sobre a mudança da pirâmide etária que indica o crescimento da população de idosos e a questão da longevidade no Brasil. Mas, na prática, nem sempre são vistas iniciativas que, de forma séria, assertiva e organizada, tenham o objetivo de contribuir para que o idoso não apenas ganhe mais anos de vida, mas ganhe também anos de qualidade, com saúde e bem-estar.
A proposta que temos produz resultados concretos, alguns já publicados e outros a serem publicados em revistas científicas.
Com investimento em inovação, tecnologia, informação, treinamento e acompanhamento próximo e individualizado, realizamos um estudo piloto com 50 idosos diabéticos reduzindo de forma significativa as descompensações de glicemia, que trazem danos irreversíveis como a cegueira e afetam diretamente órgãos como os rins, o coração e os sistemas vascular e neurológico.
Alguns desses pacientes tiveram uma reversão de danos na retina que levariam à cegueira sem a estabilização e o controle da glicemia. É um programa multidisciplinar que já se estendeu e agora envolve cerca de 600 pessoas.
E esse é apenas um exemplo. O ditado que diz que prevenir é melhor do que remediar não pode ser só uma falácia. É esse o único caminho possível para garantir envelhecimento saudável; humanizar o cuidado médico; permitir que o aumento da longevidade não seja sinônimo de gerar uma sobrevida repleta de limitações; e também para viabilizar a sustentabilidade de serviços de saúde a curto, médio e longo prazo nas áreas privada e pública.
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Trata-se de uma política em que todos ganham. E já passou da hora de entender, enquanto sociedade, que só pensando coletivamente seremos melhores, mais justos, felizes e saudáveis. Que cada um faça a sua parte.
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