Como de praxe, é o Brasil que abre a sessão anual da Assembleia Geral da ONU em setembro, e foi a terceira abertura do atual presidente brasileiro. Sem devaneios, usou o espaço para se defender, afirmando que a imagem veiculada mundo afora do nosso país não corresponde à realidade.
E, de fato, percebe-se que um governo que se coloca como anti-socialista é diariamente detonado nas mídias internacionais de forma quase robótica, ao passo que países onde há ditaduras, como Cuba, são poupados. Uma vez eu ouvi de um embaixador estrangeiro que, no quesito direitos humanos, “não ocorre no Brasil 1% do que ocorre na China”. Mas é mais fácil bater no Brasil democrático e conservador do que na China comunista...
De cara, o presidente enfatiza os pressupostos conservadores que assentam sua visão. Ressaltou que “o Brasil tem um presidente que acredita em Deus”, frase peremptória com a qual se identifica a esmagadora maioria da população brasileira, eu diria até mesmo, no fundo, no fundo, os que não o apoiam, e que na nossa cultura não fere ateus e agnósticos.
Emendou com “respeita a Constituição”, referindo-se ao pressuposto de que o poder emana do povo, em referência ao conflito com a visão do STF, segundo o qual a democracia deve ser regulada por juízes que se acham “técnicos”. Lembrou que “estávamos à beira do socialismo” referindo-se à política externa companheira dos ex-governos de esquerda de Lula e Dilma com regimes ditatoriais e altamente inadimplentes, o que é uma grande verdade. Apontou o dedo para Maduro, que chamou de ditador bolivariano.
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Homenageou a tragédia do 11 de Setembro e condenou o terrorismo, sem chamar terroristas para o diálogo! Ou seja, o presidente Bolsonaro responde à politização dos ex-governos de esquerda politizando, ele também, seus discursos na ONU, só que à direita. Gosta quem gosta, não gosta quem não gosta. Mais uma prova que nosso país é uma democracia sim.
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