Com o aumento no endividamento das famílias brasileiras nos últimos meses, conforme revelado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), torna-se ainda mais importante abordar a importância da organização financeira.
Em maio de 2024, a proporção de famílias endividadas chegou a 78,8%, um crescimento em relação aos 78,5% registrados em abril. Esse cenário, embora preocupante, também apresenta uma oportunidade de reavaliar e reorganizar as finanças pessoais para evitar que o endividamento se torne um problema maior.
Chegamos ao meio do ano e, quem ainda não se organizou financeiramente, a hora é agora, e para aqueles que desejam encerrar o ano com as finanças em ordem e sem dívidas, algumas ações práticas podem ser adotadas.
O primeiro passo é entender a situação atual, anotar todas as fontes de renda e todas as despesas. Depois, é hora de classificar os gastos entre essenciais (como moradia, alimentação e transporte) e supérfluos (lazer, compras não planejadas). Esse diagnóstico ajuda a saber onde é possível cortar gastos.
Com as informações em mãos, é hora de elaborar um orçamento realista e definir limites de gastos para cada categoria, acompanhando mensalmente para garantir que está dentro do planejado. A disciplina no cumprimento do orçamento é fundamental para evitar novas dívidas.
Se a pessoa já possui dívidas, é importante priorizar aquelas com os juros mais altos. Pagar essas dívidas primeiro pode reduzir significativamente o montante total devido, uma vez que os juros não continuarão a se acumular tanto. Muitas instituições estão abertas a renegociar prazos e taxas de juros. Isso pode resultar em parcelas mais acessíveis e prazos mais confortáveis, evitando o acúmulo de novas dívidas.
Durante o processo de reorganização financeira, evite contrair novas dívidas e, mesmo que em pequenas quantias, tente criar uma reserva de emergência. Essa poupança pode ser um salva-vidas em situações imprevistas.
Se possível, uma alternativa é tentar aumentar a renda. Trabalhos extras, freelances, ou até mesmo a venda de itens que não são mais utilizados podem proporcionar uma folga financeira.
Embora o cenário atual mostre um aumento no endividamento das famílias brasileiras, ainda há tempo para reorganizar as finanças e evitar o acúmulo de dívidas. Com disciplina, planejamento e algumas medidas práticas, é possível alcançar a estabilidade financeira e iniciar o próximo ano com uma vida financeira mais controlada e saudável. A chave é a consciência financeira e o comprometimento com as metas estabelecidas.
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