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É bacharel em Ciências Contábeis, gerente regional do Sicoob e Planejadora Financeira certificada pelo CFP e CEA

Dívidas? Ainda dá tempo de organizar as finanças de 2024

Com disciplina, planejamento e algumas medidas práticas, é possível alcançar a estabilidade financeira e iniciar o próximo ano de forma  mais controlada e saudável

  • Levanir Hencher Zanoni É bacharel em Ciências Contábeis, gerente regional do Sicoob e Planejadora Financeira certificada pelo CFP e CEA
Publicado em 25/07/2024 às 15h16

Com o aumento no endividamento das famílias brasileiras nos últimos meses, conforme revelado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), torna-se ainda mais importante abordar a importância da organização financeira.

Em maio de 2024, a proporção de famílias endividadas chegou a 78,8%, um crescimento em relação aos 78,5% registrados em abril. Esse cenário, embora preocupante, também apresenta uma oportunidade de reavaliar e reorganizar as finanças pessoais para evitar que o endividamento se torne um problema maior.

Chegamos ao meio do ano e, quem ainda não se organizou financeiramente, a hora é agora, e para aqueles que desejam encerrar o ano com as finanças em ordem e sem dívidas, algumas ações práticas podem ser adotadas.

O primeiro passo é entender a situação atual, anotar todas as fontes de renda e todas as despesas. Depois, é hora de classificar os gastos entre essenciais (como moradia, alimentação e transporte) e supérfluos (lazer, compras não planejadas). Esse diagnóstico ajuda a saber onde é possível cortar gastos.

Com as informações em mãos, é hora de elaborar um orçamento realista e definir limites de gastos para cada categoria, acompanhando mensalmente para garantir que está dentro do planejado. A disciplina no cumprimento do orçamento é fundamental para evitar novas dívidas.

Se a pessoa já possui dívidas, é importante priorizar aquelas com os juros mais altos. Pagar essas dívidas primeiro pode reduzir significativamente o montante total devido, uma vez que os juros não continuarão a se acumular tanto. Muitas instituições estão abertas a renegociar prazos e taxas de juros. Isso pode resultar em parcelas mais acessíveis e prazos mais confortáveis, evitando o acúmulo de novas dívidas.

Durante o processo de reorganização financeira, evite contrair novas dívidas e, mesmo que em pequenas quantias, tente criar uma reserva de emergência. Essa poupança pode ser um salva-vidas em situações imprevistas.

Procon e Serasa têm feirões de renegociação de dívidas na Semana do Consumidor
Organização financeira. Crédito: Freepik

Se possível, uma alternativa é tentar aumentar a renda. Trabalhos extras, freelances, ou até mesmo a venda de itens que não são mais utilizados podem proporcionar uma folga financeira.

Embora o cenário atual mostre um aumento no endividamento das famílias brasileiras, ainda há tempo para reorganizar as finanças e evitar o acúmulo de dívidas. Com disciplina, planejamento e algumas medidas práticas, é possível alcançar a estabilidade financeira e iniciar o próximo ano com uma vida financeira mais controlada e saudável. A chave é a consciência financeira e o comprometimento com as metas estabelecidas.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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