Encontrei na internet uma inquietante definição sobre Ciência Econômica, que dizia que era o estudo do comportamento racional do homem econômico. Ou seja: aquele que busca a alocação eficiente dos recursos escassos entre inúmeros fins alternativos.
Mas como se manter racional diante de uma pandemia que destruiu a capacidade de geração de renda das famílias e das empresas? Como produzir e sustentar em meio a um isolamento social? A primeira resposta que presenciamos foi a transferência de renda realizada em diversos países. Foram cerca de US$ 10,4 trilhões em estímulos globais. No Brasil, o auxílio emergencial custou R$ 321,8 bilhões aos cofres públicos.
Isso, no entanto, não foi suficiente. A racionalidade necessária não existe durante o pânico, o medo, a insegurança e, principalmente, a escassez. O que se vê são diversos segmentos sofrendo com a falta de matérias-primas, falência de empresas, desemprego, queda na atividade econômica. É visível aos olhos, e aos bolsos, o aumento do custo dos alimentos, leia-se alta inflação, que atingiu uma população desprovida de poupança ou reserva de emergência.
Eis que surge, então, o complemento da definição do homem econômico: o caminho para aprendermos a viver uma vida com recursos escassos é ter educação financeira nas escolas, nas universidades e nas empresas.
O próximo ano, 2022, será super oportuno para começar a viver alguns conceitos importantes de educação financeira. Entenda quanto você ganha e quanto você gasta. Se estiver devedor, descubra os juros da sua dívida. E, se for uma taxa de juros alta, procure negociar. Busque evitar dívidas de longo prazo. Endivide-se apenas com o necessário.
Entenda o conceito de economia doméstica e observe hábitos de consumo. Faça pesquisas de preços para encontrar opções mais baratas. Invista em conhecimento através de um curso que permita a construção de uma segunda fonte de renda. Desta forma, você vai adquirir conhecimento e complementar sua remuneração. Separe o “eu quero” do “eu preciso”. Isso é importante – ou essencial – para um consumo consciente.
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As opções para desenvolver a educação financeira construtiva são infinitas, e só assim teremos condições de atravessar e vivenciar a recuperação econômica.
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