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É especialista em finanças e comportamento do Sistema Ailos

Educação financeira para adolescentes: como prepará-los para o futuro?

Mais importante do que dizer o que deve ser feito é fazer e demonstrar como funciona. O exemplo é a melhor educação! É importante lembrar que os adolescentes aprendem mais pelo exemplo do que pelo discurso

  • Diogo Angioleti É especialista em finanças e comportamento do Sistema Ailos
Publicado em 18/11/2023 às 10h00

A adolescência é uma fase de muitas transformações e desafios, mas também de muitas oportunidades. Uma delas pode ser aprender a lidar com o dinheiro de forma inteligente e responsável, evitando cair nas armadilhas do consumismo, do endividamento e da falta de planejamento financeiro. Selecionei algumas dicas que podem ajudar os pais nesta fase tão única e que fará a diferença na vida dos jovens:


  • Estimule o autocontrole emocional: Um dos maiores obstáculos para uma boa gestão financeira é o impulso de comprar por emoção, sem pensar nas consequências. Os adolescentes são especialmente vulneráveis a esse comportamento. Por isso, é importante estimular a capacidade dos adolescentes em lidar com as suas emoções sem se deixarem levar por elas. Muitas vezes, somos influenciados pelos amigos, pela mídia ou pela sociedade a consumir coisas que não nos trazem felicidade ou satisfação. Por isso, é importante promover o autoconhecimento nos adolescentes, ou seja, ajudá-los a descobrirem quem são, quais são os seus valores, os seus sonhos e as suas prioridades.

  • Ensine a disciplina financeira: Para uma boa gestão financeira, disciplina é essencial. Você pode ensinar o adolescente a fazer um orçamento mensal, anotando as suas receitas, que pode ser uma mesada, e as suas despesas, e seguindo-o à risca.
    • Incentive a organização e o planejamento: Uma das melhores formas de evitar problemas financeiros é     definir metas e objetivos financeiros, poupar para o futuro, investir para o dinheiro render e se preparar para imprevistos ou emergências
    • Desenvolva a inteligência financeira:  Mostre ao adolescente como funciona o sistema financeiro, quais são os principais produtos e serviços disponíveis no mercado, quais são os riscos e as oportunidades de cada um deles e como escolher as melhores opções para cada situação.
    • Fomente a responsabilidade social: A responsabilidade social é a consciência de que as nossas decisões financeiras têm impacto não só na nossa vida, mas também de toda a sociedade. Você pode estimular esse olha no adolescente mostrando como o consumo excessivo pode gerar problemas sociais e ambientais como a pobreza, a desigualdade, o desperdício e a poluição. Você também pode mostrar como eles podem usar o seu dinheiro para fazer o bem, doando parte dele para causas sociais ou ambientais que eles se identifiquem.
    • Estimule a autonomia e a independência: Tomar as próprias decisões financeiras sem depender dos outros é determinante para um futuro estável. Comece dando-lhes uma mesada ou um presente em dinheiro e deixando-os administrar, sem interferir nas suas escolhas, mas explicando quais as consequências de cada escolha, mas é importante estabelecer regras e limites.

    A educação financeira para adolescentes é uma ótima forma de fazer com que eles cresçam com responsabilidade econômica, evitando diversos problemas futuros. Pequenos gestos e dinâmicas podem fazer toda a diferença nessa educação, que é um processo contínuo e ininterrupto. Mas lembre-se: agir de acordo com o que você ensina é fundamental.

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    Crédito: Pexels

    Portanto, mais importante do que dizer o que deve ser feito é fazer e demonstrar como funciona. O exemplo é a melhor educação! É importante lembrar que os adolescentes aprendem mais pelo exemplo do que pelo discurso. Portanto, os adultos que cercam esses adolescentes devem agir de acordo com o que falam no comportamento financeiro, seguindo as mesmas regras e princípios que estão ensinando.

    A comunicação aberta sobre dinheiro permite que os adolescentes conheçam a realidade da família, compreendam as dificuldades e possibilidades, participem das decisões financeiras de maneira construtiva e assim se tornem adultos mais conscientes e preparados para cuidar da sua vida financeira.

    Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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