Em meio a tantos problemas e dores, o ano de 2021 trouxe consigo um breve respiro, através da medida de incentivo às práticas sustentáveis. É uma medida importante para a reestruturação do país no pós-pandemia e que, para o meio ambiente, o planeta e as pessoas, em meio à crise da Covid-19, representa muito.
Virou lei o projeto que cria a Política Nacional pelo Pagamento de Serviços Ambientais, desburocratiza e fomenta as ações ordenadas e planejadas, de modo que a natureza seja preservada, a sustentabilidade seja valorizada, e os meios de produção sejam certificados de forma correta. O benefício em meio a um cenário econômico de crise é o incentivo à produção limpa e o fomento à criação de novos postos de trabalho e projetos sustentáveis. O Brasil e sua natureza exuberante, o turismo e as empresas que atuam em gestão ambiental saem ganhando. É um avanço no meio de tantos transtornos.
A ideia fundamental é a de que o governo financie projetos e até pague diretamente às organizações que desenvolvam ações de preservação em comunidades urbanas e rurais. Esse pagamento, monetário ou não, é um incentivo para medidas que conservam áreas de proteção. A emissão de papéis para a captação de recursos e financiamento através de cooperação internacional pode ser aplicada e facilitar esses processos.
Todo esse movimento é o indicativo de que há consciência de que meios alternativos inteligentes e limpos valem a pena. Além disso, projetos como esses ajudam a conquistar a confiabilidade de investidores que poderão reconhecer o mérito e o trabalho de populações, empresas, universidades e entidades engajadas na construção de uma economia sustentável.
No cenário nacional, em que crescem as empresas que verdadeiramente se preocupam com a preservação ambiental nas áreas em que atuam, tal medida pode se tornar um marco no setor produtivo. Investir em meio ambiente aqui é fomentar a chegada de novos postos de trabalho em ambiente de preservação. Novas empresas chegando, junto com novos investimentos. E, com essa lei, estimula-se a produção de forma correta, sustentável, deixando um legado de preservação da vida, com responsabilidade. Produção sustentável, de toda forma, é inteligente. É respeitar e zelar pelas próximas gerações.
Esse é o tipo de preocupação que, em um momento de impacto social e econômico, tem um valor imensurável, visto que terá real importância na busca pela reestruturação da economia do país. Sigamos focando no desenvolvimento e na reconstrução da bioeconomia.
A autora é CEO da 2Tree Ambiental- Salvador (BA)
* Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta
Este vídeo pode te interessar
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.