O mundo está em plena ebulição. As transformações, cada vez mais rápidas e radicais, impõem desafios diários a todos os setores produtivos. Hoje, mais que em qualquer momento da nossa História, as empresas têm que atuar em condições inéditas e, na maioria das vezes, adversas. E isso num ambiente pautado por acirrada competitividade e urgência em atender às diferentes demandas do mercado e do planeta que surgem a todo instante.
Vivemos um ritmo frenético nas mudanças que impacta toda a cadeia do negócio, da gestão ao desenvolvimento de produtos e serviços, da logística ao atendimento ao cliente. Para se manter nessa corda-bamba, não basta atender ao modelo empresarial do século 21, que preza pelo compromisso com a sustentabilidade, pela atenção a questões sociais da sociedade e pela governança e transparência na organização. É preciso ir além e ser disruptivo. Sempre!
No final da década de 1990, militares americanos começaram a utilizar uma sigla para tratar dos cenários diante de um ambiente agressivo e desafiador, e que bem resume esse admirável e mutante mundo em que vivemos. Estávamos diante de um mundo VUCA, um mundo de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade num novo contexto global com a queda do Muro de Berlim. Mais recentemente, o termo ganhou espaço também no meio empresarial por representar, com maestria, o ambiente de negócios, marcado por desafios, alta competitividade e rapidez na tomada de decisões.
Trazendo esse olhar para o setor onde atuo, o de cartões de benefícios, é possível perceber o quanto o segmento despertou para a importância de se transformar. Se, por muitas décadas, tradicionalmente oferecia-se cartões de alimentação e refeição, aceitos exclusivamente para esses serviços e em locais preestabelecidos, hoje essa realidade mudou. Os cartões incorporaram tecnologias e funcionalidades e, de meros benefícios extra-salário, ganharam status como diferencial corporativo, proporcionando vantagens diferenciadas aos seus usuários.
Multifuncionais, eles já oferecem descontos, cashbacks ou podem ser utilizados também em cursos, shows, livrarias, academias, postos de combustíveis, entre outros. Muitos deles, inclusive, foram ‘promovidos’ a meios de pagamentos e prestam serviços em áreas como RH e gestão de frotas, por exemplo. Tudo isso em pouco menos de cinco anos.
Mas, mesmo com todas essas inovações, o setor sabe que ainda é possível avançar. Se acomodar diante de uma boa ideia é receita para o insucesso. Nas empresas, ao contrário do que se diz, time que está ganhando pode e deve ser mexido. Afinal, o mundo evolui ininterruptamente e é preciso estar sempre atento às oportunidades de inovar e crescer.
Casos de empresas que faliram por falta de inovação no tempo certo são muitos. Vão de clássicos como Kodak, Olivetti e Atari a episódios mais recentes como Yahoo, Nokia, IBM e BlackBerry. São histórias que confirmam que quem resiste ao novo e não trabalha focado no futuro corre sérios riscos de sobrevivência.
Um conceito que deveria ser aplicado também na esfera pública. Por 15 anos atuei na área e entendo o quanto essa atividade também demanda atributos similares aos aplicados no segmento empresarial. Infelizmente, entretanto, ainda está distante de atender às complexidades que pautam o setor econômico. Mas isso é assunto para outro artigo.
Temos, por enquanto, é que gerar infraestrutura e oportunidades necessárias para as empresas crescerem, evoluírem e inovarem; definir reformas realmente estruturantes; criar ambientes de negócios mais íntegros, sólidos e sustentáveis.
As mudanças estão aí, ininterruptas. Cabe às empresas aproveitarem o crescimento dos seus negócios atuais enquanto exploram, ao mesmo tempo, novos negócios e se reinventam. É isso ou serem atropeladas pela evolução.
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