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Empreendedorismo médico e cooperativismo: como manter os consultórios abertos?

Os aumentos anuais de insumos, condomínio, aluguel, funcionários, IPTU, telefone, entre outros gastos, elevam para R$ 6.500 mensais o custo médio de manutenção de um consultório

  • Carlos Pimentel Moschen É médico
Publicado em 28/03/2023 às 14h00

Dividir igualitariamente os benefícios e as obrigações é a premissa de qualquer cooperativa. Dentro do cooperativismo médico não é diferente: os profissionais se associam para obter vantagens comuns, buscando o desenvolvimento do grupo e a melhoria contínua do sistema.

No Brasil, o maior exemplo de cooperativa na área da saúde é a Unimed. No momento, são 342 distribuídas pelas cidades, reunindo 118 mil médicos cooperados, 136 mil colaboradores e atendendo a 19 milhões de clientes.

Por esses números expressivos, já dá para imaginar que estamos falando de um modelo de negócios atrativo e que traz diversos benefícios também para a sociedade.

Reduzir custos, otimizar tempo e aumentar a produtividade são medidas fundamentais também em uma cooperativa. É isso que buscamos enquanto cooperados, maior participação e melhor retorno para quem investiu.

Hoje, além da rotina puxada de trabalho e da necessidade diária de atualização na área profissional, muitos médicos sofrem para manter seus consultórios abertos. Os aumentos anuais de insumos, condomínio, aluguel, funcionários, IPTU, telefone, entre outros gastos, elevam para R$ 6.500 mensais o custo médio de manutenção de um consultório.

Durante 32 anos fui professor da disciplina de Ginecologia para alunos do curso de Medicina, onde trabalhei com a melhor equipe de honrados professores. Nas aulas, ambulatórios, visitas médicas e cirurgias, estimulei o conhecimento científico, o entendimento do Código de Ética Médica, as conversas sobre empreendedorismo médico, formação de consultórios e oportunidades de trabalho. Com isso, tentei despertar a visão da valorização e da não exploração do trabalho médico, público ou privado, honrando e dignificando nossa profissão.

Estamos em um movimento que deseja mudança para a nossa cooperativa. Buscamos mais eficiência, sustentabilidade, segurança jurídica e remuneração condizente com o nosso tamanho.

Alguns podem pensar que contamos com a sorte para fazermos as mudanças necessárias, mas sorte é estar preparado para o momento certo! Citando Tiger Woods, "quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho".

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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