Arthur Leal Abreu e Ricardo Goretti*
O Dia do Estudante é comemorado no dia 11 de agosto em razão da criação das primeiras Faculdades de Direito no Brasil, em 1827. De lá para cá, muitas mudanças ocorreram na educação. Inicialmente, o professor era considerado o detentor do conhecimento, responsável por repassá-lo aos alunos de forma massificada. Nos dias de hoje, o protagonismo do estudante passa a ser reconhecido.
Ele é o personagem central do processo de educação. O professor e a instituição de ensino, no entanto, não deixam de desempenhar o papel fundamental de oferta das condições necessárias para que o aluno aprenda não só a aprender, mas também a atualizar o conhecimento por ele produzido.
Como consequência, é necessário incorporar o repertório dos alunos ao processo de educação, de modo a tornar a aprendizagem significativa. Em razão disso, os recursos tecnológicos e a cultura popular devem invadir as salas de aula – evidentemente, com propósitos pedagógicos, orientados pelo professor.
Além disso, para dar condições reais ao protagonismo do aluno, é necessário reconhecer sua individualidade. Nesse sentido, cada pessoa tem um estilo de aprendizagem predominante, que pode ser visual, auditivo ou cinestésico. Portanto, é papel do professor e da escola oferecer estratégias de ensino diversas, que trabalhem todos os estilos, dando oportunidades de aprendizado da forma mais adequada para cada um, de acordo com suas competências e habilidades de destaque.
Já no ensino superior, cabe à faculdade promover experiências para os alunos, de modo que possam antecipar, ainda no ambiente educacional, os desafios com os quais irão se deparar na vida profissional. As experiências são importantes, também, para aproximar os graduandos das possíveis carreiras que poderão vir a exercer ao final do curso. Dessa forma, o estudante será capaz de fazer uma escolha consciente para seu futuro profissional. Tomando essa decisão ainda durante o curso, torna-se possível uma formação personalizada, agregando componentes curriculares adequados para o ofício que pretende exercer.
Desejamos que as instituições de ensino sejam capazes de reconhecer a individualidade dos seus alunos e oferecer uma formação personalizada, adequada à diversidade de competências, habilidades, interesses e sonhos, presente nas salas de aula. Assim, será possível concretizar o direito fundamental à educação: uma educação de qualidade, compatível com a realidade do nosso tempo e sensível às demandas do mercado de trabalho.
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*Os autores são, respectivamente, mestrando em Direito, e especialista em Linguagem, Tecnologia e Ensino; doutor em Direito e coordenador da Graduação em Direito da FDV
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