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É secretário de Estado de Controle e Transparência e presidente do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci)

ESG e competitividade: caminhos que se cruzam no ES

Nesta semana, o Espírito Santo ganhou destaque ao subir quatro posições e conquistar o 6° lugar geral no Ranking de Competitividade dos Estados

  • Edmar Camata É secretário de Estado de Controle e Transparência e presidente do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci)
Publicado em 23/08/2024 às 11h27

No cenário socioeconômico atual, a transparência se tornou um elemento fundamental na administração pública, mas também na governança corporativa. Podemos dizer que o próprio mercado passou a elevar a transparência e a boa governança como ativos relevantes capazes de agregar valor quando presentes - e a elevar riscos quando ausentes.

A popularização de conceitos como ESG (Environmental, Social, and Governance) e economia compartilhada desencadeou uma grande transformação na forma como empresas e governos vêm interagindo com a sociedade, o que reflete na importância da adoção de práticas cada vez mais éticas e responsáveis por parte das organizações.

Dessa forma, as organizações que incorporam práticas de transparência em suas operações e processos não atendem apenas às expectativas dos investidores e consumidores, mas também fortalecem a sua reputação mediante à sociedade e passam a contar com a mitigação dos riscos. Enquanto presente, a integridade também garante que elas cumpram regulamentações e legislações, além de fomentar a atuação baseada em um compromisso contínuo com os pilares éticos e sociais.

De acordo com um levantamento deste ano realizado pela consultoria Nielsen em 60 países, 66% das pessoas estão dispostas a pagar mais por produtos e serviços de organizações comprometidas com ESG. Isso acontece porque a transparência e a responsabilidade social promovem uma maior confiança, reduzem o risco e melhoram a gestão dos recursos. Por outro lado, a falta delas pode levar a danos irreparáveis à reputação e à perda de valor no mercado.

E com a gestão pública a situação não é diferente. Os estados que se preocupam com questões de ESG são considerados mais seguros para atrair investimentos. No Espírito Santo, por exemplo, as diretrizes sustentáveis e os pilares que norteiam essa agenda estão intrinsecamente alinhados à governança do nosso Estado.

Um exemplo é a efetividade na aplicação da Lei de Acesso à Informação (LAI) e na implementação dos Programas de Integridade, que têm possibilitado um avanço significativo na nossa transparência e cultura de integridade, promovendo a ética, a prevenção e combate à corrupção e a boa gestão dos recursos públicos estaduais. Não à toa ocupamos a primeira colocação em rankings relevantes como os elaborados pela Controladoria-Geral da União e pela Transparência Internacional.

Espírito Santo é referência em transparência no Brasil
Espírito Santo é referência em transparência no Brasil . Crédito: Freepik

Também vale destacar que, nesta semana, o Espírito Santo ganhou destaque ao subir quatro posições e conquistar o 6° lugar geral no Ranking de Competitividade dos Estados, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O Estado também se destacou no ranking relacionado à Agenda 2030, voltado ao alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), onde também subiu quatro posições e alcançou o 4° lugar em âmbito nacional. Bastante ligada à sustentabilidade, a Agenda 2030 é promissora na atração de investimentos e, consequentemente, mira a competitividade dos governos.

Todos esses diferenciais mostram a importância da adesão das práticas ESG no nosso Estado que, ao serem aplicadas de forma eficaz, refletem em benefícios que afetam diretamente a relação entre a sociedade e a gestão pública, como a redução de riscos de práticas fraudulentas e irregularidades, o aumento da confiança da população nas instituições estaduais e o aprimoramento dos serviços prestados ao cidadão.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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