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É presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex)

Espírito Santo e Estados Unidos: uma parceria comercial em expansão

Em 2024, de janeiro a outubro, o Estado já alcançou mais de US$ 2,5 bilhões em exportações, aproximando-se do total registrado em todo o ano de 2023, que foi de US$ 2,8 bilhões

  • Sidemar Acosta É presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex)
Publicado em 07/01/2025 às 13h00

Há mais de duas décadas, a relação comercial entre o Espírito Santo e os Estados Unidos vem se consolidando como um pilar estratégico para a economia capixaba. Desde 2014, as exportações do Estado para o mercado norte-americano têm registrado cifras expressivas, variando entre US$ 2 e US$ 3 bilhões anuais.

Em 2016, a recessão econômica global gerou impactos profundos no Brasil, atingindo a indústria nacional, que sofreu uma retração. Já em 2020, a pandemia da Covid-19 abalou a economia mundial, afetando as cadeias produtivas e comerciais. Durante esses períodos de crise, as exportações capixabas para os Estados Unidos recuaram, ficando abaixo de US$ 1,8 bilhão, conforme levantamento realizado pelo Sindiex.

Felizmente, esses momentos desafiadores ficaram para trás e as economias globais se recuperaram. No Espírito Santo, a retomada foi marcada por um crescimento sólido, refletindo o comprometimento com a produtividade e a eficiência. Em 2024, de janeiro a outubro, o Estado já alcançou mais de US$ 2,5 bilhões em exportações, aproximando-se do total registrado em todo o ano de 2023, que foi de US$ 2,8 bilhões. Entre os principais produtos exportados estão manufaturados, minério de ferro, petróleo e café, que destacam a diversificação e a competitividade da economia capixaba.

Com o recente término do longo período eleitoral nos Estados Unidos, surgem expectativas sobre como será a relação comercial sob a nova gestão presidencial. A eleição de Donald Trump renova a esperança da continuidade de um ambiente favorável para os negócios, fortalecendo os acordos empresariais entre os dois países. Essa perspectiva não se limita ao mercado norte-americano, mas se estende a outros parceiros comerciais, em um momento de grande expansão do comércio internacional.

O Espírito Santo está preparado para se destacar nesse cenário. Com uma posição geográfica privilegiada, uma infraestrutura logística robusta – que inclui um dos maiores complexos portuários do país, ferrovias estratégicas e aeroportos regionais modernizados –, o Estado tem tudo para se firmar como um hub de logística e comércio exterior.

Porto de Ubu, da Samarco: área onde minério é escoado até navio para exportação
Minério é um dos produtos exportados para os EUA. Crédito: Jefferson Rocio

Para reforçar essa vocação, em junho de 2025, o Espírito Santo sediará sua primeira feira de logística, transportes e comércio exterior: a Modal Expo. Este evento será uma vitrine para as potencialidades capixabas, com o objetivo de atrair a atenção do Brasil e do mundo, além de impulsionar novos negócios e parcerias. A expectativa é que a feira movimente R$ 50 milhões, ampliando ainda mais as fronteiras comerciais do estado.

O Espírito Santo segue firme em sua missão de fortalecer relações internacionais e explorar novas oportunidades, mostrando que, com planejamento e visão, é possível transformar desafios em crescimento sustentável e prosperidade compartilhada.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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