O Espírito Santo tem tudo para, em 2025, consolidar sua posição como um dos principais polos logísticos do Brasil. O otimismo é fruto do desempenho dos principais setores da economia, investimentos estratégicos em infraestrutura e o crescimento observado em 2024.
O ano foi marcado por um aumento de 3,1% na atividade industrial (janeiro a setembro), somado a um saldo de quase US$ 3,3 bilhões em exportações do agronegócio e um crescimento de 27,1% no comércio exterior em relação a 2023.
As 3,7 mil empresas do setor atacadista e distribuidor no Espírito Santo também impulsionaram a demanda por transporte, resultando em um recorde de atividade em 2024. Esse dinamismo contribuiu para um avanço de 11% no PIB do setor de transportes e logística no Estado até o 3º trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Para sustentar esse crescimento econômico são necessários investimentos em infraestrutura. Os portos capixabas estão inovando para atender a demanda. A VPorts anunciou um investimento de R$ 180 milhões para modernizar suas instalações na Grande Vitória. No Sul capixaba, o Porto Central, em Presidente Kennedy, iniciou a fase 1 das obras, com um investimento de R$ 2,6 bilhões.
Melhorias em rodovias – por onde passam mais de 60% de tudo que é produzido e consumido no Brasil, de acordo com informações da Confederação Nacional do Transporte (CNT) – e em ferrovias estão sendo realizadas com investimentos do poder público. As rodovias estaduais estão passando por revitalizações, o governo federal planeja concluir a repactuação da concessão da BR 101 no primeiro semestre deste ano e pretende, ainda, conceder a BR 262 em 2025 com um novo modelo de contrato.
Assim como o modal rodoviário, o ferroviário também tem papel fundamental para a economia capixaba. De janeiro a setembro de 2024, o Estado recebeu 67,5 milhões de toneladas de carga via ferrovia, também segundo a CNT. E uma boa notícia foi divulgada no final do ano: a Ferrovia Vitória-Rio (EF 118) começará a sair do papel. Um novo trecho ligará Santa Leopoldina a Anchieta e ao Porto de Ubu. O investimento de R$ 6 bilhões será feito pela Vale.
No setor aéreo, o Espírito Santo está em expansão. Somente de janeiro a setembro de 2024 foi registrada a movimentação de 12,8 mil toneladas de cargas nos aeroportos do Estado. O aeroporto de Vitória recebeu investimentos na ampliação da pista, no terminal de passageiros e de cargas. O aeroporto de Linhares tem permissão para receber aeronaves de grande porte e o aeroporto de Cachoeiro de Itapemirim vai passar por modernização.
Para fomentar o desenvolvimento logístico regional foi criado pela gestão estadual o Parque Logístico do Espírito Santo (ParklogBR/ES), iniciativa estratégica que vai unir modais e áreas empresariais em oito municípios.

Com tantas vantagens competitivas, o Espírito Santo deve se conectar com outros estados e com o mercado internacional também por meio de eventos que possam ampliar sua visibilidade e, este ano, isso vai acontecer. Faltam poucos meses para a Modal Expo, primeira feira capixaba de logística, comércio exterior e transportes, que será um momento para conhecer inovações, discutir pautas e estreitar relações comerciais. A feira deve movimentar R$ 50 milhões em novos negócios.
Se 2024 foi um ano desafiador, que nos trouxe mais experiência, ele também nos preparou para 2025, que será um marco, uma virada de página para o Estado. O Espírito Santo tem uma economia à parte, maior e melhor do que o restante do país e está pronto para ser referência para o Brasil.
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