O Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, é uma ocasião propícia para lançar luz sobre o tema do envelhecimento, tanto do ponto de vista pessoal quanto a partir de uma visão mais macro, a de um país que experimenta a mudança de sua pirâmide etária, com o envelhecimento da população.
Dados do IBGE indicam que, em 2030, o Brasil poderá ter a quinta população mais idosa do mundo. Ao mesmo tempo, no âmbito pessoal, caminhamos, a cada novo dia, rumo ao envelhecimento. E aí vem a pergunta que cabe às duas situações e se faz necessária quando se pensa em saúde: será que estamos preparados para envelhecer tanto como pessoas quanto como país?
A resposta, nos dois casos, também encontra sinergia. É preciso começar a construir hoje o futuro que queremos viver amanhã. Como pessoas, as escolhas que fazemos, o tipo de assistência a que temos acesso, os hábitos que adotamos e aqueles dos quais abrimos mão terão repercussão direta em nosso bem-estar futuro.
Como país, colocar a questão do envelhecimento populacional em pauta e unir forças em prol de uma cultura favorável ao bem envelhecer é fundamental para oferecer aos cidadãos não apenas uma vida mais longa, mas também uma vida melhor, mais saudável e menos limitada na velhice.
Estamos falando de saúde física, de alimentação saudável e atividade física? É claro que sim! Mas também estamos falando de outros pontos como a mudança cada vez mais urgente de uma cultura de assistência mais focada em “remediar” o mal instalado do que em prevenir que ele se instale.
Estamos falando ainda de uma abordagem que envolve outros aspectos para além da saúde física, já que o “bem envelhecer” pressupõe outros fatores como questões ligadas à vida financeira, às relações sociais, à conectividade, à mobilidade, só para citar alguns pontos.
Ou seja, é preciso pensar o tema em suas várias dimensões, ampliando a discussão e o número de agentes envolvidos, até porque o envelhecimento de um país também repercutirá diretamente nas contas públicas, nos projetos sociais desenvolvidos, nos sistemas de assistência e cuidado.
Cuidar do futuro e do envelhecer exige dedicação, planejamento, estratégia e consciência. Pode não ser simples, mas o resultado – uma vida mais longa e plena - compensa. Ganha cada um de nós e ganha o país inteiro.
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