O estigma de que 2020 foi um ano desafiador certamente já faz parte dos livros de História das próximas gerações. Não olvidemos que o isolamento colocou o mundo para parar e pensar. A batalha com o inimigo invisível tem ecoado de forma estrondosa. A humanidade, que muitas vezes ignorou a importância de seu próprio papel ante ao todo, reverencia os novos tempos por meio de uma alteração brusca de seus hábitos cotidianos. Apesar desta angústia funesta que carregamos ao longo de 2020, não podemos negar que ano também foi marcado pela aceleração de uma nova era tecnológica, que discretamente nos acena de longe.
Para os céticos, basta analisar que no ano passado tivemos muitos avanços significativos em frentes tecnológicas diversas. Transitamos desde a construção 3D de proteínas a partir de uma sequência de aminoácidos até a criação de supercomputadores que, em tese, segundo pesquisadores do Google, seriam três milhões de vezes mais rápidos do que os atuais modelos convencionais.
Avançamos em uma nova busca de supremacia quântica, enquanto desbravávamos áreas até então timidamente atingidas pela tecnologia. Um fato notável que merece o destaque é a implementação de Inteligência Artificial (IA) para a descoberta de medicamentos. No Japão, a primeira fase de teste da droga DSP-1181, que objetiva combater o Transtorno Obsessivo Compulsivo, se deu a partir de uma técnica de IA que potencializa em dias os resultados da análise de dezenas de milhões de moléculas ao interagir com os receptores de serotonina, fato que até então era demarcado por demorados meses ou anos.
A pandemia desencadeou uma destruição econômica em massa de velhos modelos econômicos. E, então, abriu espaço a uma nova era tecnológica. Novos paradigmas foram criados e uma série de inovações foram demonstradas, surpreendendo os mais céticos dos pesquisadores.
Vimos nascer aparatos como o monitor cardíaco Cardea SOLO ECG System, que em tempo real manda dados do eletrocardiograma para uma central de monitoramento, que em casos críticos acionam os médicos e hospitais da região para cuidados pormenorizados com o potencial paciente. Além disso o aparato tecnológico fornece tratamentos através de uma sincronização de IA.
Outro destaque foi a Velieve, startup que oferece testes de detecção de infecção urinária, sincronizados a um app da marca. Depois de concluído o teste, automaticamente, um profissional médico analisa seus resultados. Em 30 minutos você recebe um diagnóstico. Mundo futurístico? Não, este é o nosso presente.
Em 2020, apesar de toda as mazelas que a pandemia nos proporcionou, vimos nascer preciosidades inovadoras que significam verdadeiros saltos quânticos. A maturidade tecnológica que alguns setores atingiram em um curto espaço de tempo, bem como a facilidade com que os segmentos atualmente implementam IA e big data em seus produtos e/ou serviços aceleram uma nova era de interação com o futuro.
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Com base nas tendências mercadológicas detectadas a partir do ano passado e já refletidas em 2021, é possível se afirmar que o futuro fictício-tecnológico está mais próximo do que imaginamos. Em certa medida, já podemos acenar de volta e dar boas-vindas às novas conquistas da humanidade que se aproximam.
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