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Inovação e associativismo são essenciais para sobrevivência em 2021

O empresário terá que agir com uma cabeça diferente. O e-commerce é cada vez mais utilizado, sem contar a necessidade do engajamento do empreendimento nas redes sociais e nos apps de vendas

  • Cicero Moro
Publicado em 18/02/2021 às 10h01
Consumidor realiza compra pela internet
Vendas pela internet cresceram durante a pandemia do novo coronavírus. Crédito: Ijeab/Freepik

pandemia de Covid-19 trouxe consigo uma série de eventos inesperados. Muitas iniciativas paradas, indústrias com potencial produtivo reduzido, principalmente durante o fechamento do comércio. Com a reabertura, houve atraso no recebimento de mercadorias, já que uma série de demandas se deram em simultaneidade e obstruíram, assim, o fluxo de entregas no segundo semestre de 2020. O consumidor sentiu a diferença no preço dos materiais de construção, aquisição de veículos e contratação de mão de obra.

Foi um ano desafiador para o poder público, que auxiliou os setores de comércio, serviços e indústria a darem um respiro. Importantes foram as prorrogações de prazos para pagamentos de tributos, sobretudo em virtude da escassez de funcionários e home office. Foi um ano extremamente atípico. Na Associação de Empresários da Serra (Ases), 100% dos encontros passaram a ser digitais. A escala de eventos aumentou com a realização de mesas de negócios on-line entre empresários do município serrano e especialistas de todo o país. Mas, diante de tantas mudanças repentinas, o que esperar para o ambiente empreendedor local de 2021?

O empresário terá que agir com uma cabeça diferente. A forma de consumir mudou. O e-commerce é cada vez mais utilizado, desde solicitação de refeições até compras de supermercado. Sem contar a necessidade do essencial engajamento do empreendimento nas redes sociais e nos aplicativos de vendas. A crise deu protagonismo à inovação. Startups se consolidaram e passaram a ser vistas como alternativa viável à comercialização de ideias e de produtos.

Por outro lado, há dificuldades com as quais o empreendedor deverá lidar. O dólar continua muito alto. Somos exportadores de commodities, mas importadores de produtos prontos. Por se tratar de um município muito populoso e industrial, a Serra sofre com o acréscimo no preço das matérias-primas desde o final de 2020. Certamente as produções em larga escala ainda demorarão a voltar ao ritmo regular. Já temos a vacina, e isso nos dá um alívio. Porém, 2021 será o ano da cautela e dos ajustes.

Em tempos de dificuldades, é necessária a manutenção da margem de lucratividade do negócio. Não é uma medida fácil, contudo a sua desobediência pode acarretar problemas para o fluxo de caixa, que deve ser preservado rigorosamente. Fique alerta à necessidade do cliente: a demanda do mercado é volátil e deve ser acompanhada. Foque nas divulgações, não somente o produto deve ser oferecido como também a marca. As redes sociais profissionais estão disponíveis e devem ser utilizadas. Pesquise a concorrência, saiba o que o mercado está fazendo. Vivemos um novo momento, que traz mudanças principalmente no consumo da sociedade. Nunca deixe para ser o último a lançar uma novidade.

Não deixe de lado o associativismo. É fundamental estarmos inseridos junto aos movimentos empresariais. O empresário avança muito quando está na coletividade, visto que tem as demandas reunidas e mais chance de serem atendidas. Pequenas, médias e grandes empresas se reúnem, recebem informações com antecedência e não são pegas de surpresa. O município de Serra tem tudo para crescer, através de uma nova gestão pública que se inicia, as expectativas de melhorias surgem. Teremos um 2021 de muitas dificuldades, mas também de oportunidades.

O autor é diretor da Motociclo e presidente da Associação dos Empresários de Serra (Ases)

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