Quando falamos de inteligência artificial (IA), pensamos naqueles filmes e séries de ficção científica, onde tudo acontece com um simples apertar de botão. Em enredos distópicos, vivencia-se a dominação das máquinas sobre a humanidade.
Essas fantasias permeiam o imaginário das pessoas desde datas mais remotas. Quem aí não se lembra dos Jetsons? Aquele desenho dos anos 60 sobre uma família do futuro, que convive em um meio altamente tecnológico? Já sonhávamos com robôs que nos ajudassem com as tarefas domésticas, ligações de áudio e vídeo em tempo real, relógios interativos, com funções além de informar as horas, e muitos outros aparelhos. Várias dessas tecnologias hoje são reais e acessíveis. Este futuro não é mais distante. Ele é hoje!
Estamos caminhando para um contexto em que as máquinas estarão muito mais presentes em nosso cotidiano e mais autônomas. A IA tem potencial para solucionar problemas dos dias atuais com eficácia e eficiência. Mas como funciona a IA? É possível uma máquina raciocinar? Inteligência não é um atributo restrito a sistemas biológicos? Como as máquinas “aprendem”?
O ser humano aprende através de suas experiências, da evolução do entendimento e criação de novas soluções. O sistema de aprendizado das máquinas é baseado na utilização de algoritmos matemáticos, que calculam probabilidades dos possíveis desfechos. Então, a máquina faz uma previsão e através destes resultados, ela toma uma decisão. O sistema é treinado com as mais variadas e diversas situações para sua calibragem. A partir daí, dizemos que a máquina “aprende” a executar tal tarefa.
A IA vem sendo utilizada em vários campos da ciência. Na indústria, com robôs capazes de aumentar a produtividade; na saúde, com o desenvolvimento de equipamentos que auxiliam pessoas com necessidades especiais; na agropecuária, promovendo melhoria na qualidade dos produtos; na pesquisa, processando um grande volume de dados para reconhecer padrões e sintetizar estas informações.
Diante desta revolução, nos deparamos com problemas e questões as quais nunca havíamos enfrentado.
Qual será o impacto deste avanço na economia e mercado de trabalho? Máquinas substituirão o trabalho humano? Certamente, os postos de trabalho passarão por transformações, assim como já vem acontecendo. Pela demanda, algumas funções são criadas, outras são adaptadas e outras entram em completo desuso. Por exemplo, aumentou-se a quantidade de desenvolvedores de aplicativos e, por outro lado, os operadores de mimeógrafo não são mais solicitados.
Questões sobre privacidade e segurança emergem em uma sociedade cada vez mais conectada. Já utilizamos biometria em documentos pessoais, reconhecimento facial em celulares ou nas redes sociais, que pedem para te marcar em alguma foto. Alguns países já usam a tecnologia de reconhecimento facial para coibir atentados terroristas em situações com aglomeração de pessoas, tais como em eventos esportivos, concertos musicais, estações de trem. Para a segurança pública, pode ajudar a deter criminosos, inibir comportamentos suspeitos e inadequados. Porém, como dosar esse grau de vigilância? É preciso trabalhar uma legislação que assegure direitos básicos do cidadão, sobre proteção de dados e informação.
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A tecnologia em si não é um malefício. Deve-se, portanto, analisar qual a motivação que está por trás da utilização e objetivo a ser atingido, avaliando consequências sociais e humanitárias. Podemos utilizar esta tecnologia para criar um mundo mais acessível e equânime, um futuro como as gerações anteriores desejavam.
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