Envelhecer é algo natural para nós seres humanos. Sabe-se desde muito novinho que o ciclo da vida é composto por essa fase, entretanto, a expectativa de vida do brasileiro só tende a crescer. Um dos fatores que contribui para o desenvolvimento de uma velhice melhor hoje em dia é a conscientização sobre os hábitos benéficos para a saúde. Mas na área estética, observa-se uma crescente onda de pacientes que querem atrasar ao máximo o aparecimento desses sinais.
Em 2019, uma pesquisa da Academia Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Facial descobriu que 74% dos cirurgiões plásticos relataram um aumento de tratamentos minimamente invasivos – como preenchedores e tratamentos de pele – para pacientes com menos de 30 anos, ou seja, um aumento de 32% desde 2016.
A sociedade está mais consciente de como o sol em excesso, o meio ambiente e os fatores de estilo de vida contribuem para envelhecer sua pele e organismo de modo geral, com isso estão aderindo aos tratamentos estéticos preventivos já aos 20 anos.
Em novembro do último ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma nova pesquisa que revela o aumento da expectativa de vida para os 77 anos. Desses, é a partir dos 25 anos que se inicia o processo natural de perda de colágeno, proteína responsável por sustentar a pele. Ou seja, antes mesmo da meia idade, já se observam algumas alterações na pele, como a perda de elasticidade do viço, olheiras e linhas finas.
Com o tempo e a redução dos níveis de colágeno, a pele vai perdendo a capacidade de voltar ao seu estado natural após contração, estímulo ou relaxamento. E então começam a surgir as rugas dinâmicas (que aparecem quando há movimento/contração do músculo) e as marcas de expressão passam a ficar aparentes. Essa é a hora de começar a prevenir que rugas e linhas se aprofundem cada vez mais.
A prevenção de rugas e principalmente a perda do colágeno devem ser tratadas em esferas diferentes, com o uso regular do protetor solar, hidratantes, vitamina C e tratamentos estéticos preventivos. Há tratamentos em desenvolvimento no mundo inteiro. Alguns oferecem aos pacientes a possibilidade de usar o próprio tecido para rejuvenescer o corpo e a pele.
Em Londres, há o procedimento “tecido superenriquecido”, no qual ocorre a extração do tecido adiposo do paciente, que é purificado e depois usado para fazer injetáveis cosméticos personalizados. Os consumidores também estão interessados em tratamentos que possam aumentar os níveis de colágeno em sua pele. 67% dos consumidores pesquisados globalmente pela Allergan Aesthetics, em 2021, relatam que 'definitivamente ou provavelmente' consideraram realizar em algum momento um tratamento estético não cirúrgico que estimula o corpo a aumentar sua produção de colágeno.
Ao analisar o mercado estético do Brasil, em especial o Espírito Santo, percebe-se o potencial para a entrada de novas tecnologias. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostram que a procura por procedimentos estéticos não cirúrgicos está cada vez maior. Aumentou de 17,4% em 2014, para 47,5% em 2016, quando foi realizado o último censo.
A pesquisa da Allergan Aesthetics, realizada em 2019, revela que 83% das pessoas entre 21 a 35 anos têm mais probabilidade de terem características, traços para aprimorar, e se sentirem com a melhor versão de si mesmas, versus 75% para pessoas entre 36 a 55 anos.
É crescente o número de jovens, pós-saídos da adolescência, que procuram as clínicas em busca de um rejuvenescimento ou retardamento do envelhecimento. Com o avanço da longevidade da população, há a crescente adesão aos hábitos saudáveis e prevenção da velhice precoce.
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