Todos os anos os candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sentem muita ansiedade em relação à prova. Neste ano, porém, muitos estão mais estressados pelas mudanças no ano letivo e na rotina escolar devido à pandemia do novo coronavírus. O estudante que se sente prejudicado para fazer a prova deste ano pode vir a desenvolver diferentes tipos de problemas de ordem mental. Entre eles, os mais comuns são a ansiedade e o estresse agudo.
Além disso, as constantes preocupações podem impactar no dia a dia do indivíduo, fazendo com que desenvolva, por exemplo, transtorno de ansiedade generalizada ou transtorno do pânico. Podem surgir também outros problemas como a depressão e a compulsão alimentar em virtude de uma carga emocional muito grande.
O Enem deste ano vai ser diferente. O motivo é que a pandemia modificou a forma de estudar. Há alunos que não estão conseguindo se adaptar ao ensino a distância ou simplesmente não têm computador. Aqueles que foram mais afetados vão precisar de um maior apoio de amigos e familiares para que não percam a autoconfiança e consigam driblar as adversidades que estão surgindo.
Para este momento, a autoconfiança é essencial. Caso venha a desanimar, corre o risco de impactar diretamente nos objetivos e desempenhos. Assim, a dificuldade real de não ter acesso a alguns conteúdos se somará a uma crença de falta de capacidade. Isso gera um ciclo que, por si só, tende a produzir os resultados que eles mais temiam. É o que chamamos do poder do pensamento positivo, se não acreditamos em nós mesmos, agimos como se não fôssemos capazes e acabamos por gerar o que temíamos. Os candidatos precisam acreditar neles.
Para quem está precisando de ajuda para ter autoestima e acreditar que é possível chegar lá, é fundamental que pais e amigos se mostrem e estejam presentes oferecendo apoio emocional e ajuda nos estudos mesmo que através de videochamadas.
Candidato, lembre-se de valorizar cada conquista alcançada, focando no processo e não no resultado. Aconselho que crie uma rotina de estudos com pausas e divisão de tarefas grandes em menores (ou subtarefas) para que sejam mais possíveis de serem concluídas com sucesso, o que vai gerar uma motivação após a realização. Converse com colegas que estão na mesma situação ou ex-alunos sobre inseguranças que tiveram para ter expectativas realistas.
Também questione os pensamentos aliados à ansiedade quando aparecerem, lembrando que os nossos pensamentos são apenas pensamentos e não a realidade. Respire e procure se manter tranquilo. Treine o pensamento positivo, pois o que pensamos tem o poder de criar realidades. Acredite nisso!
Tente prever situações que poderiam dar errado na hora da prova e pensar no que faria para reverter. Talvez na prova possa dar aquele “branco”, tentar pular a questão até lembrar do conteúdo ou nesse momento manter a calma. Essa preparação vai ajudar a lidar com possíveis cenários ruins. Por último, tenha uma rotina de sono saudável. Estude, acredite e boa prova.
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*A autora é psicóloga, especialista em terapia cognitivo-comportamental e mestre em Psicologia Clínica
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