Desde o início da pandemia, milhões de pessoas se isolaram para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Neste período, percebemos que o isolamento social provocou estresse, ansiedade e medo. Entretanto, a pandemia não afetou apenas a saúde mental das pessoas. Ela também foi responsável pelo agravamento de doenças de pele como psoríase, dermatite, melasma, rosácea e acne.
A medicina psicossomática comprova que o homem em sua totalidade, ou seja, mente-corpo, está em interação com um contexto social e que, portanto, questões emocionais podem influenciar o bom funcionamento dos sistemas, como o sistema tegumentar, mais conhecido como pele. A pele é o maior órgão do corpo humano e tem a função de comunicação, percepção e transmissão de sensações físicas e emoções. As ligações existentes com o sistema nervoso tornam a pele altamente sensível às emoções.
Um estudo realizado na Universidade de Columbia, em Nova York, estima que 30 a 60% das doenças de pele estejam associadas a influências psíquicas. É comum, inclusive, ouvirmos as pessoas dizerem: ‘Estou com os nervos à flor da pele’, ‘fiquei vermelho de vergonha’, ou até mesmo suar excessivamente em uma reunião importante. Por isso, é possível afirmar que ansiedade, euforia, tristeza, medo, estresse e depressão podem influenciar a pele e, neste período de pandemia, com quarentena e isolamento social, percebemos ainda mais isso.
Muitas doenças de pele têm causas multifatoriais (genética, hormônios, alimentação etc.), e isso também precisa ser levado em consideração, pois o fator emocional não é a única causa. Durante a pandemia, além de relaxarem com os cuidados diários da pele e se alimentarem mal, as pessoas estão se expondo mais às telas do celular, TV e do computador. Essa exposição excessiva à luz azul associada a despreocupação do uso de filtro solar é um dos fatores de agravamento para o melasma. Um outro fator importante no agravamento de doenças de pele é o uso contínuo da máscara, que pode favorecer ao aparecimento de acne, rosácea, manchas e dermatites.
Este vídeo pode te interessar
Para evitar o agravamento, recomenda-se bons hábitos: uma alimentação equilibrada com ingestão de líquidos, a manutenção de um bom período de sono, a prática regular de atividades físicas, cuidados na redução do estresse e ansiedade, manter a rotina de cuidado com a pele, reduzir a luz das telas, dar preferência a máscaras de algodão e trocá-las sempre que estiverem úmidas.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.