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É diretor-presidente da Unimed Vitória

O cooperativismo e a cultura do respeito

Embora as discussões sobre integridade e ética já existam há muito tempo, o contexto da sociedade atual exige que as empresas estejam ainda mais atentas a esses valores

  • Fabiano Pimentel É diretor-presidente da Unimed Vitória
Publicado em 16/08/2024 às 14h12

Que legado uma cooperativa deve construir? Essa pergunta serve como um fio condutor para não perdermos de vista o grande propósito do cooperativismo, que muito além de ser um modelo de negócio, visa promover melhores oportunidades e condições mais justas de mercado. Mas, para que esse movimento de mudança chegue à sociedade, é preciso que ele comece de dentro para fora.

Por isso, não há como falar em cooperativas sem falar de uma cultura de respeito, que precisa ser disseminada constantemente entre cooperados e colaboradores. É preciso lembrar que o cooperativismo investe em pessoas. E pessoas só se desenvolvem em um ambiente de respeito.

O Anuário do Cooperativismo de 2023 mostra que, em 2022, o sistema cooperativista atingiu a marca de R$ 1 trilhão de ativos no Brasil, o que aponta as cooperativas como importantes motores econômicos para a promoção do desenvolvimento sustentável e regional. Enquanto um modelo de negócio que cresce e ocupa cada vez mais espaço no mercado, o cooperativismo tem assumido também um papel importante na busca pela disseminação de ideias com o potencial de moldar os relacionamentos.

Há que se acrescentar ainda que, embora as discussões sobre integridade e ética já existam há muito tempo, o contexto da sociedade atual exige que as empresas estejam ainda mais atentas a esses valores, já que as relações estão no centro do negócio. Isso significa que todos, desde os colaboradores até os clientes, tornam-se mais dispostos a se relacionar com as organizações que estejam de acordo com seus próprios valores.

No cerne das discussões sobre ética e integridade, dois balizadores fundamentais para o combate à corrupção dentro de qualquer instituição, está a cultura do respeito, que é intrinsecamente ligada à cultura da cooperação.

Para que o modelo cooperativista funcione, precisamos estar conectados uns aos outros. Essa conexão só existe quando a cultura da cooperação passa a reger nossas relações. E isso só é possível quando todos os membros estão alinhados aos princípios da empresa. O respeito deve estar no topo deles como um antídoto para combater inúmeros tipos de assédio que podem ocorrer no ambiente de trabalho. O posicionamento de uma instituição diante desse assunto, mostrando a existência de um campo aberto de diálogo, empodera as pessoas e as encoraja a denunciar possíveis abusos.

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Hospital Unimed Vitória. Crédito: Divulgação

Na Unimed Vitória, por exemplo, lançamos a campanha “Respeito é cuidado. E cuidado é o nosso compromisso”. Trata-se de uma grande ação dentro do guarda-chuva da campanha “Atitude e Integridade”, promovida pela área de Compliance. A ideia é que esse princípio seja reafirmado entre todos aqueles que participam do cotidiano da cooperativa de saúde. À medida que a cultura de respeito se enraíza entre nossos colaboradores, cooperados e prestadores, mais conseguimos contribuir para um atendimento humano, seguro e empático.

Respeito é base para o alcance de outros princípios fundamentais do cooperativismo, tais como honestidade, equidade, solidariedade e transparência. Portanto, respeito é desenvolvimento. Respeito é coop.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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