A vacinação dos brasileiros contra a Covid-19 vai alcançando dados substanciais ao menos na primeira dose. No momento em que este artigo é publicado, dados do Ministério da Saúde apontam que 85% da população elegível para a vacina recebeu a primeira dose enquanto 44% estão com o esquema vacinal completo, ou seja, receberam as duas doses ou aplicação única no caso da Janssen.
Neste estágio, as cidades e Estados estão vacinando na dose inicial os adolescentes e, aparentemente, sofrem dificuldades em convencer essa parcela da população a se imunizar. Na capital paulista, por exemplo, apenas 13% dos jovens haviam recebido o imunizante em uma semana de campanha. A prefeitura paulistana anunciou, inclusive, uma busca ativa em unidades de ensino municipais e instituições em busca desse público.
Eis a importância e o desafio para os profissionais de comunicação do setor público. Como convencer esses jovens de uma forma eficaz, direta e simpática de que é necessário tomar vacina para assim acabarmos logo com a pandemia?
Algumas prefeituras e governos estaduais recorrem às peças de propaganda com linguagem moderna, visual atraente e uso de expressões e de produtos pop dessa faixa etária para divulgar e incentivar que se vacinem. É um caminho? Sim. Mas há riscos.
Evidentemente que quem produz esse material são profissionais adultos, que já passaram da adolescência há certo tempo. Logo, existe uma diferença geracional, o que pode tornar o conteúdo e a forma do material caricato ou forçado, aí o efeito é contrário.
No cômputo geral, a maioria das artes, banners, campanhas e ações está acertando o tom, mas claro que a vacinação ou não depende também da estrutura familiar do jovem, de seu grau de esclarecimento e de suas influências.
Este vídeo pode te interessar
Esse último ponto, o das influências, deveria ser mais explorado utilizando-se de youtubers, streaming de games e personalidades que fazem corações e mentes de milhares e milhões de adolescentes Brasil afora, mas que para nós, no alto de nossos 30,40 ou 50 anos, são desconhecidos. Aí talvez esteja, utilizando uma expressão super cringe, o pulo do gato.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.